O Tribunal do Júri do Rio de Janeiro começa, nesta quarta-feira (30), o 
Lessa e Queiroz enfrentam acusações de duplo homicídio triplamente qualificado, homicídio tentado e receptação do veículo utilizado no ataque. Ambos foram detidos em março de 2019, em uma operação realizada em conjunto pelo MP e pela Polícia Civil.
Para o julgamento, 21 jurados foram selecionados, dos quais sete serão escolhidos por sorteio. Os jurados permanecerão incomunicáveis e dormirão nas dependências do Tribunal de Justiça durante todo o processo.
O MP planeja ouvir sete testemunhas, incluindo Fernanda Chaves, jornalista e única sobrevivente do atentado, que estava no veículo com Marielle. O processo, que possui mais de 13 mil páginas, terá os réus ouvidos por videoconferência, uma vez que Lessa está preso em São Paulo e Queiroz em Brasília.
Ambos confessaram sua participação no crime e colaboraram com a Polícia Federal em delações premiadas. Ronnie Lessa foi o responsável pelos disparos que atingiram o carro de Marielle, enquanto Élcio de Queiroz dirigia o veículo. Lessa afirmou que o crime foi encomendado pelos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão.
Mandantes ainda sem data para julgamento
Paralelamente, o processo contra os supostos mandantes do crime, que está sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF), ainda não possui uma data definida para julgamento.
Na terça-feira (29), foi encerrada a fase de audiências em Brasília, com o depoimento do major da Polícia Militar Ronald Alves de Paula, que negou ter monitorado a rotina de Marielle antes de seu assassinato.
Além de Ronald, os réus no processo incluem 
Motivação do crime
Segundo investigações da Polícia Federal, que assumiu o caso em 2023, Domingos e Chiquinho teriam decidido assassinar Marielle devido à atuação dela em questões fundiárias em áreas dominadas por milícias. Os irmãos são acusados de liderar um grupo paramilitar envolvido na “grilagem” de terras no Rio de Janeiro.
 
                 
 
 
