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Ministro comenta decisão do STF sobre bloqueio do X: ‘Brasil não é terra sem lei’

Após a Primeira Turma do STF confirmar a decisão de Moraes e manter a rede social suspensa no país, Alexandre Padilha reforçou as críticas do governo a plataforma

Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, durante entrevista coletiva

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter o bloqueio do funcionamento do X (antigo Twitter) no Brasil repercutiu dentro do governo federal nesta segunda-feira (02). Ao comentar a medida, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, reiterou as críticas feitas pelo presidente Lula na semana passada e reafirmou que o ‘Brasil não é terra sem lei’.

Em coletiva de imprensa realizada logo após a decisão dos ministros da Primeira Turma do STF, Padilha alertou que a decisão da Justiça Brasileira deve ser cumprida, independentemente de quem seja a pessoa processada – no caso, o bilionário Elon Musk, dono da rede social.

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“O Brasil não é uma terra sem lei. Quer ter atividade empresarial no país, cumpra as leis brasileiras. [...] A Suprema Corte está exigindo desse empresário aquilo que é exigido de todos os empresários brasileiros ou internacionais que querem operar no país”, completou o ministro.

Na semana passada, a decisão do ministro Alexandre de Moraes recebeu apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Todo e qualquer cidadão, de qualquer parte do mundo, que tem investimento no Brasil está subordinado à Constituição brasileira e às leis brasileiras. Portanto, se a Suprema Corte tomou uma decisão para que o cidadão cumpra determinadas condições, ou ele cumpre ou vai ter que tomar outra atitude”, disse o presidente em entrevista na última sexta-feira.

Por outro lado, a mais nova decisão de Alexandre de Moraes foi criticada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que comparou o Brasil à ditadura da Coreia do Norte.

Dentro do Congresso Nacional, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi crítico a um outro desdobramento do caso, que foi o bloqueio das contas da Starlink - outra empresa de Musk - para bancar o pagamento de multas aplicadas ao X.

A rede social só poderá voltar a funcionar caso a empresa indique um representante legal no Brasil e pague R$ 18,3 milhões em multas. Além disso, foi determinado que quem usar VPN (Virtual Private Network) ou outros meios para usar o aplicativo no Brasil deverá pagar multa diária de R$ 50 mil.


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Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio