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STF forma maioria para manter X suspenso no Brasil

Primeira Turma analisa decisão que suspendeu a rede social no Brasil. Moraes deu 24h para que Elon Musk nomeasse um novo representante legal, mas ordem não foi cumprida

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria na manhã desta segunda-feira (2) para que a suspensão do X (antigo Twitter) seja mantida no Brasil, conforme decisão proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, na última semana.

A suspensão foi garantida pelos votos dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin. Ainda devem votar os ministros Cármen Lúcia e Luiz Fux. Votam hoje apenas os magistrados que compõem a 1ª Turma da Corte (5 dos 11 ministros).

O julgamento ocorre na sessão virtual extraordinária da Primeira Turma, tendo início a partir da meia-noite de segunda-feira, com previsão de terminar ainda hoje. Nessa modalidade de julgamento, os ministros do STF apenas registram seus votos, com a opção de acompanhar o relator ou apresentar suas considerações sobre o caso.

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O que está em jogo

Ministros analisam decisão que suspendeu a rede social X, antigo Twitter, no Brasil. O ministro Alexandre de Moraes deu 24 horas para que o dono da plataforma, o empresário Elon Musk, nomeasse um novo representante legal do X no Brasil, que ficou sem ninguém no cargo desde que o proprietário da rede demitiu os funcionários do país.

Como não seguiu a ordem do STF, a rede social foi retirada do ar ao longo deste fim de semana, ainda sem prazo para retornar.

Na decisão, Moraes considerou os “reiterados, conscientes e voluntários descumprimentos das ordens judiciais e inadimplemento das multas diárias aplicadas, além da tentativa de não se submeter ao ordenamento jurídico e Poder Judiciário brasileiros, para instituir um ambiente de total impunidade e ‘terra sem lei’ nas redes sociais brasileiras, inclusive durante as eleições municipais de 2024".

O X só poderá voltar a funcionar caso a empresa indique um representante legal no Brasil e pague R$ 18,3 milhões em multas. Além disso, foi determinado que quem usar VPN (Virtual Private Network) ou outros meios para usar o aplicativo no Brasil deverá pagar multa diária de R$ 50 mil.


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Jornalista nascida na capital federal. Graduada pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), foi editora de política nos jornais O Tempo e Poder360. É especializada em Língua Portuguesa e Revisão de Texto. Na Itatiaia, é Supervisora de Conteúdo desde fevereiro de 2024.
Repórter da Rádio Itatiaia em Brasília atuando na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas Gerais, já teve passagens como repórter e apresentador pela Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor do prêmio CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio.
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