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Usuários do X migram para Threads e lamentam suspensão da rede: ‘Impressão de não saber o que acontece no mundo’

O X, antigo Twitter, foi suspenso no Brasil por ordem de Moraes; usuários criaram contas no concorrentes, Threads e Bluesky, e lamentaram o fim da rede no Brasil

Threads e Bluesky viram alternativas para usuários sem o X

Usuários do X, antigo Twitter, passam a criar contas nos concorrentes Threads e Bluesky após a suspensão da rede social no Brasil, determinada nessa sexta-feira (30) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Leia abaixo algumas das manifestações postadas nessas redes:

“O que criou o engajamento altíssimo do Twitter é o TTs, aqui é no Bluesky não tem, por isso dá uma impressão de não saber o que está acontecendo no mundo. A Meta liberou TTs no Facebook nos EUA há anos e no Threads nos EUA há meses, mas no Brasil NADA”, disse usuário.

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“Twitter (X) foi derrubado e assim a população vai se acostumando com cerceamento da sua liberdade”, escreveu outro.

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“Me sinto como um usuário em reabilitação. Clico no app do Twitter toda vez inconscientemente, daí percebo que não tem nada lá, bizarro”, disse usuária.

A ESCALADA DA TENSÃO

  • Em reunião com funcionários da empresa em 17 de agosto, foi comunicado por Musk o fim da operação X no mercado brasileiro e a demissão de toda a equipe. O escritório funcionava no país desde 2012 e tinha cerca de 30 funcionários no país.
  • Na quarta-feira (27), o ministro deu 24 horas para que o dono da plataforma nomeasse um novo representante legal do X no Brasil. Moraes estipulou o prazo para o cumprimento dessa exigência e advertiu que, caso a ordem não fosse seguida, a rede social poderia enfrentar a suspensão de suas operações no país. Musk não atendeu ao pedido.
  • Logo após o fim do prazo, às 20h07, a empresa admitiu que não atendeu a ordem do ministro. O X reconheceu que já esperava a suspensão da rede social no Brasil.
  • Na decisão, Moraes considerou os “reiterados, conscientes e voluntários descumprimentos das ordens judiciais e inadimplemento das multas diárias aplicadas, além da tentativa de não se submeter ao ordenamento jurídico e Poder Judiciário brasileiros, para instituir um ambiente de total impunidade e “terra sem lei” nas redes sociais brasileiras, inclusive durante as eleições municipais de 2024.
  • Elon Musk é investigado no inquérito que apura condutas de obstrução à Justiça, organização criminosa e incitação ao crime.

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Jornalista com trajetória na cobertura dos Três Poderes. Formada pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), atuou como editora de política nos jornais O Tempo e Poder360. Atualmente, é coordenadora de conteúdo na Itatiaia.