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Ministérios decidirão a partir de terça como serão feitos cortes para atender a congelamento de R$ 15 bilhões

Equipe econômica do Governo Lula (PT) indica, nesta terça-feira (30), quanto será cortado em cada ministério; todos serão afetados

Secretário do Tesouro, Rogério Ceron, afirmou nesta segunda-feira (29) que todos os ministérios serão afetados pelo congelamento de R$ 15 bilhões

O congelamento de R$ 15 bilhões do orçamento público atingirá os 39 ministérios do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, a partir de terça-feira (30), decidirão as despesas e os investimentos que serão cortados para atender à necessidade do Palácio do Planalto. Pela manhã, o Governo Federal publica no Diário Oficial da União (DOU) um decreto indicando quanto será cortado de cada ministério.

A partir daí, as próprias pastas decidirão como vão se readequar, segundo esclareceu o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. “Há uma ansiedade sobre quanto cada um será afetado. Todos vão contribuir de alguma forma com o ajuste. A partir de amanhã [terça-feira] começaremos o diálogo com esses órgãos e eles vão ter tempo para indicar como farão as restrições do ponto de vista orçamentário”, afirmou em entrevista à CNN Brasil nesta segunda-feira (29).

Ceron afirmou que novos ajustes no orçamento podem ser necessários, entretanto, garantiu que o Governo Lula está próximo de chegar à meta fiscal. “Melhoramos qualitativamente o nível da discussão. Agora a discussão é o quão próximos estamos de atingir a meta, se o contingenciamento já foi no limite necessário ou se será necessário algum complemento”, acrescentou.

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Contenção bilionária. O congelamento de R$ 15 bilhões se deve à urgência de reduzir as despesas para garantir o cumprimento do arcabouço fiscal. Segundo indicou a equipe econômica chefiada pelo ministro Fernando Haddad, R$ 11,2 bilhões estão bloqueados e outros R$ 3,8 bilhões contingenciados para atender à meta fiscal.

O bloqueio afeta as despesas discricionárias e ocorre quando as despesas obrigatórias ultrapassam o teto de 2,5% em relação ao ano anterior. O detalhamento das pastas atingidas será revelado pela manhã em decreto no Diário Oficial da União (DOU).

Compromisso. Em declaração em cadeia nacional de rádio e TV nesse domingo (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) repetiu o compromisso com a meta fiscal determinada pelo ministro Fernando Haddad — déficit zero em 2024. “Não abrirei mão da responsabilidade fiscal. Entre as lições de vida que recebi de minha mãe, dona Lindu, aprendi a não gastar mais do que ganho”, disse.


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Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.