O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados ouve nesta segunda-feira (15) o delegado Rivaldo Barbosa no âmbito do processo de cassação do mandato do ainda deputado federal Chiquinho Brazão (Sem Partido-RJ).
O inquérito da Polícia Federal (PF) indica que o delegado da Polícia Civil atrapalhou as investigações dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ele ainda teria participado da preparação para o crime e oferecido proteção aos mandantes: os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão — este deverá ser ouvido em sessão na terça-feira (16), também no Conselho de Ética.
O processo de cassação contra Chiquinho Brazão é movido pelo Psol, que acusa o deputado de quebra de decoro parlamentar — pelo atentado e pelos homicídios de Marielle e Anderson. Nesta etapa, o colegiado da Câmara dos Deputados ouve as testemunhas definidas pelos membros do conselho e também pelos advogados de Chiquinho.
STF libera depoimentos
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou Rivaldo e Domingos Brazão a serem ouvidos pelo Conselho de Ética. Os dois estão presos desde 24 de março deste ano em unidades de segurança máxima e devem participar da sessão por chamada de vídeo.
Chiquinho Brazão, já ouvido em ocasiões anteriores, não deporá desta vez. O parlamentar foi preso também no dia 24 de março em operação da Polícia Federal. A prisão dele precisou ser ratificada pelo plenário da Câmara dos Deputados em razão do foro; na votação, 277 deputados se manifestaram pela manutenção da prisão diante de 129 contrários e 28 abstenções.
