O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) emitiu parecer final favorável à cassação do vereador de Belo Horizonte, Lucas Ganem (Podemos). O parlamentar é alvo de um processo que averigua a possibilidade de fraude no domicílio informado pelo candidato eleito em 2024 à Justiça Eleitoral. A acusação aponta que ele não consegue provar seu vínculo com a capital mineira.
Segundo o entendimento do MP, o vereador possuía vínculo profissional e residencial com São Paulo durante o período das eleições de 2024. O relatório assinado pela promotora de Silvia Altaf da Rocha Lima Cedrola destaca ainda que mesmo a Justiça Eleitoral teve dificuldades em encontrar o então candidato no endereço por ele declarado como sua casa em Belo Horizonte.
Uma das testemunhas ouvidas no processo apontou que o vereador não tinha um comitê de campanha ou local para distribuição de material da candidatura durante o período eleitoral do ano passado.
Leia também
O parecer do Ministério Público julga procedente uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) movida por Rubem Rodrigues de Oliveira Júnior. Conhecido como Rubão, ele é ex-vereador de BH e o primeiro na lista de suplentes do Podemos por uma vaga na Câmara Municipal da capital mineira.
O caso segue na 29ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, responsável por julgar o futuro do mandato de Ganem.
Desconhecido na política da capital mineira, Ganem elegeu-se vereador logo em seu primeiro pleito. Ainda em outubro do ano passado, dias após a eleição, o portal O Fator publicou que o parlamentar integra uma família que acumula empreitadas por legislativos pelo país utilizando temas geograficamente genéricos como a causa animal.
Ganem começou sua trajetória na Câmara de BH em maus lençóis com sua própria legenda ao votar em Bruno Miranda (PDT) para a presidência da Casa. A disputa foi vencida por Juliano Lopes (Podemos), um correligionário preterido pelo vereador novato.