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Vice de Zema cita ‘corrupção’ e diz que governo federal ‘corrigiu erro’ ao anular leilão de arroz

Mateus Simões criticou o governo Lula por não dialogar com produtores de arroz do Rio Grande do Sul

Em evento do agronegócio, Mateus Simões comentou sobre suspensão do leilão de arroz

O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), classificou como “correção de um erro” a anulação do leilão para a compra de arroz de outros países pelo governo federal. A declaração foi dada em coletiva de imprensa, nesta terça-feira (11), na abertura da Megaleite, considerada a maior de pecuária leiteira da América Latina, realizada no Parque de Exposições da Gameleira, na região Oeste de Belo Horizonte.

Para Simões, “pior do que errar é permanecer no erro”, ao sinalizar que a decisão de anular a importação do grão foi acertada, diante de suspeitas envolvendo uma das empresas vencedoras do leilão. O vice-governador disse, no entanto, que o processo tem vários erros.

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“Primeiro, a corrupção. Claramente, nós estamos falando de um assessor de um deputado que ocupava a presidência da Conab [Companhia Nacional de Abastecimento], negociando os contratos que geravam esses bilhões de reais em compra de arroz importado”, afirmou.

Outro erro, na avaliação de Mateus Simões é sobre a decisão, em si, do governo federal, de optar pela importação do cereal, o que prejudica os próprios agricultores do Rio Grande do Sul afetados pelas enchentes.

“O produtor do Sul seria sacrificado mais uma vez. Antes, eles foram sacrificados pela perda de 16% da safra e veriam os preços achatados para baixo porque o governo federal estaria intervindo em preços depois de 40 anos sem ter esse tipo de balbúrdia no Brasil”, criticou. Por fim, afirmou que faltou mais diálogo por parte do governo Lula com os produtores gaúchos.


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Júlio Vieira é repórter da Itatiaia.