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Mineração passará por transformação e quem não se adequar estará ‘fora do jogo’, diz Lucas Kallas

Dono da Cedro Mineração, empresário destacou empenho do governo federal para tirar do papel aprovação de ferrovia para transporte de minério na Grande BH

Lucas Kallas, da Cedro Mineração, participou de evento do Fórum Esfera, no Guarujá, em São Paulo

O setor de mineração deve passar por uma transformação radical nos próximos anos, sobretudo no contexto da transição energética e na redução dos índices de emissão de carbono, de acordo com o dono da Cedro Mineração, Lucas Kallas. O empresário participou do segundo dia do Fórum Esfera, no Guarujá, litoral de São Paulo, neste sábado (8).

Kallas garante que as mineradoras que não passarem por essa transformação estarão “fora do jogo”, ao destacar que as empresas terão que investir na produção de um minério de altíssimo teor e que será responsável por menor taxa de emissão de carbono.

“A mineração em si, o minério de ferro, vai passar por uma revolução industrial. Com a transformação energética, todas as mineradoras vão ter que se adequar e passar para a produção de ‘pellet feed’, que é um minério de altíssimo teor, com sílica baixa e que dimuinui em 50% na emissão de carbono. Quem não partir para isso, não vai ser mais minerador, vai ser pedreira”, afirmou em um painel que contou também com a participação dos ministros de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho e Transportes, Renan Filho, e da secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior.

Kallas disse, ainda, que o “minerador não é pecador” ao afirmar que o grupo gera emprego, renda e que tem “vários trabalhos sociais” junto às comunidades impactadas.

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Ainda de acordo com o fundador da Cedro Mineração, o governo federal tem atuado junto às mineradoras para avaliar a construção de uma ferrovia do tipo “shortline” para retirar das rodovias federais o transporte de minério em Minas Gerais.

“Nós vamos tirar em torno de três mil carretas da rodovia que, no ano passado, registrou mais de 70 mortes. É um investimento privado do grupo de mais de R$ 1,5 bilhão. Vamos retirar 40 mil toneladas de carbono da atmosfera. Nesse ponto, estou muito satisfeito com a celeridade dos ministérios, estou vendo tudo acontecer”, afirmou.


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