Defesa de Bolsonaro volta a pedir cirurgia e prisão domiciliar ao STF

Advogados alegam agravamento do quadro médico e afirmam que ex-presidente precisa de cirurgia ‘urgente’ por hérnias inguinais

Bolsonaro conversa com seu advogado, Celso Sanchez Vilardi, durante julgamento no STF

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a pedir, nesta segunda-feira (15), ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para a realização de uma cirurgia de “urgência” e a transferência do ex-presidente para prisão domiciliar em caráter humanitário.

No pedido encaminhado ao STF, os advogados afirmam que houve agravamento do quadro clínico de Bolsonaro, com base em novos exames médicos.

“Requerer, com fundamento em fatos médicos supervenientes, a autorização para realização urgente de procedimento cirúrgico, bem como renovar e reforçar o pleito de prisão domiciliar humanitária, nos termos que passa a expor”, escreveu a defesa do ex-presidente.

O novo pedido ocorre após Bolsonaro passar por exames médicos na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde está preso desde 22 de novembro.

De acordo com a defesa, os exames identificaram a presença de duas hérnias inguinais, condição que exigiria intervenção cirúrgica imediata.

Segundo os advogados, o laudo médico aponta a necessidade de uma herniorrafia inguinal bilateral, com internação hospitalar sob anestesia geral e tempo estimado de permanência entre cinco e sete dias.

A defesa também relata que o ex-presidente vem apresentando dores e desconforto na região inguinal, sintomas que teriam se intensificado em razão de crises recorrentes de soluço.

No último dia 9 de dezembro, a defesa já havia solicitado ao STF autorização para que Bolsonaro deixasse a prisão e fosse encaminhado a um hospital para realizar a cirurgia.

Antes de decidir sobre o pedido, Moraes determinou que a Polícia Federal realizasse uma nova perícia médica no ex-presidente, alegando que os exames apresentados eram anteriores, com cerca de três meses.

Posteriormente, a defesa pediu autorização para que Bolsonaro fosse avaliado por médicos particulares dentro da PF. O pedido foi autorizado, e os exames foram realizados no domingo (14). A perícia oficial da Polícia Federal, no entanto, ainda não ocorreu.

Leia também

Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.

Ouvindo...