O projeto de lei que prevê o reajuste de 3,62% para todos os servidores públicos mineiros foi retirado da pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira (14). O texto, no entanto, está previsto para voltar a ser discutido na sessão de 16 horas da comissão.
O adiamento da votação para a parte da tarde foi acatado a pedido do deputado Thiago Cota (PDT), relator do texto na comissão.
Deputados de oposição ao governo Romeu Zema (Novo) criticam a proposta de reajuste apresentada pelo Poder Executivo e alegam que o percentual do reajuste ficou menor do que a inflação do ano passado.
O projeto fixa percentual de 3,62% para reajuste de todas as categorias do funcionalismo público, sem distinção, o que revoltou servidores ligados às forças de segurança, que cobram o cumprimento de uma proposta de Romeu Zema, ainda em 2019, quando prometeu um aumento de 41% a policiais civis, militares, penais e bombeiros.
Por sua vez, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) prometeu mobilização na quarta-feira (8) contra a aprovação da proposta.
“Esse projeto veio para a ALMG sem nenhum estudo técnico, sem nenhum estudo plausível. Esse aumento de 3,62% é simplesmente porque ele era o percentual necessário para se cumprir o piso da Educação. Então, ele se viu obrigado a colocar esse valor para as demais categorias”, afirmou o deputado Professor Cleiton (PSB).
Outros reajustes são votados
O reajuste para outras categorias, como a Defensoria Pública, o Ministério Público, o Tribunal de Contas do Estado e do Tribunal de Justiça, estão sendo votados na sessão da manhã desta terça-feira.