O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse, neste domingo (14), considerar “assunto encerrado” as críticas do bilionário Elon Musk ao poder Judiciário brasileiro. Em Belo Horizonte para acompanhar a aplicação das provas do Exame Nacional da Magistratura (Enama), Barroso afirmou que a questão é atravessada por questões ligadas aos “processos civilizatório e democrático”.
Dono da rede social “X”, anteriormente chamada de Twitter, Musk
“Esse assunto envolvendo o empresário de uma plataforma digital e a Justiça Brasileira eu considero encerrado. O Brasil tem Constituição, leis e ordens judiciais. Se forem observados, ficará tudo bem. Se não forem observados, terão as consequências previstas na legislação. Portanto, esse passou a ser um não assunto”, afirmou Barroso.
Segundo o presidente do STF, todo o mundo tem travado discussões ligadas aos processos civilizatório e democrático. O presidente do STF chamou a questão de “complexa e sofisticada”, apontando o que chamou de “deterioração do processo civilizatório”.
“A questão civilizatória é a preservação da liberdade de expressão e, todavia, o enfrentamento a determinadas distorções graves representadas pelo ódio, pela desinformação deliberada e pelas teorias conspiratórias”, apontou.
Para Barroso, há uma “articulação global extremista” para colocar em xeque a credibilidade das instituições democráticas e instituir uma visão antipluralista de mundo.
“Esses ataques, muitas vezes, se escondem por trás da liberdade da expressão, quando, na verdade, estamos falando de um modelo de negócio que vive do engajamento, e o engajamento, que são os cliques, infelizmente, são mais motivados por ódio, mentira, ataques às instituições do que por um discurso racional e moderado. Portanto, acaba-se estimulando o ódio e o ataque às instituições em nome da liberdade de expressão quando o que estão fazendo é ganhando dinheiro”, completou.
Escalada de tensão
A reboque das críticas a Moraes, Musk
Na sexta sexta-feira (12), o ultraliberal Javier Milei, presidente da Argentina,
O bilionário subiu o tom até mesmo contra a indicação de Cristiano Zanin para o Supremo, chamando o ministro de