A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou nesta segunda-feira (8) o programa Mais Acesso a Especialistas, que tem o objetivo de ampliar a oferta de atendimentos com médicos especialistas no Sistema Único de Saúde (SUS). O lançamento ocorreu em uma cerimônia no Palácio do Planalto, que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que elogiou o trabalho da ministra à frente da pasta.
Entre as iniciativas previstas no programa, está o SUS Digital, que pretende facilitar o acesso às informações em saúde, o que pode ampliar os atendimentos remotos. O Ministério da Saúde informou que a iniciativa já tem 99,9% de adesão dos municípios brasileiros. “Isso não é uma jabuticaba, estamos tendo como referência as melhores práticas de saúde do mundo, que é o caso da Espanha, do Reino Unido e do Canadá”, destacou a ministra.
O Ministério da Saúde pretende ampliar em 2.360 o total de equipes de Saúde da Família por ano, até 2026, além de 3.030 equipes de Saúde Bucal e outros 1.000 multiprofissionais para que a cobertura de pessoas com acesso e atendimento na Atenção Primária alcance a meta de 80%.
As equipes de Saúde da Família serão responsáveis pelo primeiro atendimento. O governo pretende ampliar o funcionamento das Unidades Básicas de Saúde para às 22h, dependendo das especificidades de cada município.
A segunda etapa do programa prevê a telessaúde, para que os pacientes passem por uma consulta médica, de forma remota, antes de serem direcionados para uma consulta presencial.
O Ministério da Saúde informou que a iniciativa teve adesão de 5.566 do total de 5.570 municípios brasileiros. O governo irá repassar R$ 460 milhões aos estados e ao Distrito Federal para viabilizar os atendimentos.
O setor privado poderá participar da iniciativa, com a oferta de consultas e exames especializados. Para isso, as unidades privadas deverão aderir aos editais estaduais ou municipais de chamamento que ainda serão lançados com o apoio do Ministério da Saúde.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, informou que a meta do governo é realizar o diagnóstico de câncer em até 30 dias. O tratamento deverá ser iniciado em até 60 dias, a partir do diagnóstico. O Ministério da Saúde repassou R$ 1,3 bilhão aos hospitais oncológicos em 2023, número 10 vezes maior do que o que foi repassado em 2022.
No primeiro ano de gestão, o Ministério da Saúde atingiu a marca de 650 mil cirurgias. Nísia Trindade detalhou que os procedimentos foram realizados até janeiro de 2024, com o repasse de R$ 650 milhões.