Empresários, políticos e influenciadores de extrema-direita que tiveram seus perfis bloqueados no antigo Twitter (hoje X) por ordem judicial do ministro Alexandre de Moraes podem voltar à rede após comentários do dono da plataforma, Elon Musk.
Desde 2020 — antes mesmo de o Twitter ser comprado por Musk e se tornar X — e por motivos diferentes, diversas pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram banidas da rede social.
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Um dos casos mais conhecidos é o
Na ocasião, Monark disse que o Brasil "é uma ditadura nefasta e autoritária” ao dizer que sentia empatia pelos bolsonaristas presos após invadirem e depredarem as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, cinco dias antes da publicação.
Outro caso emblemático é o de
O blogueiro Allan dos Santos, que se refugiou nos Estados Unidos, teve a conta desativada em todo o território nacional em outubro de 2021, também como cumprimento a uma decisão judicial de Moraes. Ele é investigado em inquérito sobre desinformação, relatado pelo próprio Moraes, no STF, e também chegou a atacar ministros da Suprema Corte.
Em agosto de 2022, o alvo foi o empresário Luciano Hang, apoiador de Bolsonaro e financiador de campanhas do Partido Liberal. Naquela ocasião, o dono da rede de lojas Havan foi alvo de uma operação da Polícia Federal por falas consideradas golpistas e teve a conta banida na rede.
Musk x Moraes
Neste sábado (6), em uma série de publicações na rede social, Elon Musk desafiou Moraes e criticou decisões judiciais recentes do ministro da Suprema Corte.
“Este juiz aplicou multas pesados, ameaçou prender nossos funcionários e cortou o acesso ao X no Brasil”, afirmou Musk ao dizer que a empresa está perdendo suas receitas no país - o que poderia levar a fechar os escritórios do X no Brasil.
“Essa censura agressiva, aparentemente viola a lei e a vontade do povo brasileiro”, afirmou em outro comentário.
Um outra conta ligada ao antigo Twitter comentou que o X foi forçado por decisões judiciais a bloquear determinadas contas populares no Brasil e que não sabem o motivo.
“Não sabemos quais postagens supostamente violaram a lei. Estamos proibidos de informar qual tribunal ou juiz emitiu a ordem, ou em qual contexto”, disse a conta vinculada à empresa, ao que Musk respondeu: “Por quê você está fazendo isso, Alexandre?”, marcando a conta do ministro.
