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Em meio a silêncio do governo, ministros de Lula condenam golpe de 1964 nas redes

Sem eventos oficiais em repúdio ao golpe militar, coube a ministros se manifestarem pelas redes sociais

Atentado no Riocentro, em 1981, foi um dos capítulos mais conhecidos do regime militar

Se, por um lado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou a realização de eventos oficiais do governo para marcar o aniversário do golpe militar de 1964, de outro, couberam a ministros de sua gestão condenarem o regime, cuja instalação completa 60 anos neste domingo (31).

O primeiro a se manifestar, nas redes sociais, foi o chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta. “Defender a democracia é um desafio que se renova todos os dias”, disse em uma publicação ao relembrar a expressão de Ulisses Guimarães que ficou marcada durante a promulgação da Constituição Federal de 1988: "ódio e nojo à ditadura”.

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, postou uma foto da ex-presidente Dilma Rousseff em um tribunal militar durante o regime comandado pela alta cúpula das Forças Armadas.

“Minha homenagem nesta data é na pessoa de uma mulher que consagrou sua vida à defesa da Democracia, Dilma Rousseff”, afirmou.

“Lembramos e repudiamos a ditadura militar, para que ela nunca mais se repita. A mancha deixada por toda dor causada jamais se apagará. Viva a democracia, que tem para nós um valor inestimável”, afirmou o ministro da Educação, Camilo Santana.

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O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, que chegou a organizar um ato para marcar o repúdio ao golpe militar, mas foi obrigado a desistir da ideia por ordem do presidente Lula, relembrou um texto publicado em 2022 e também citou a frase célebre de Ulisses Guimarães.

Já o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, relembrou vítimas do regime autoritário, como o deputado federal Rubens Paiva, o jornalista Wladimir Herzog e o operério Manoel Fiel Filho.

Lula não se manifestou até o fechamento dessa reportagem.

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Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.