Considerada a principal categoria do automobilismo da América do Sul, a
O presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva, afirma que boa parte deste recurso irá parar no comércio de Belo Horizonte. Setores como turismo, hotelaria, bares e restaurantes estão otimistas com a realização do evento.
“A expectativa é maravilhosa. Nós estamos colocando Belo Horizonte no mapa do circuito automobilístico mundial, com transmissão para vários países. Poderemos mostrar a Pampulha, toda a nossa cidade, que é acolhedora, nossa gastronomia. Então, esse evento vem agregar a outros grandes eventos. Nós temos o Réveillon, o Natal, fizemos um grande Carnaval, teremos a Semana Santa... então, é isso, a cidade sempre se preparando para receber bem e, nesse caso, turistas especializados, que gostam do automobilismo e que vem para consumir, usar os hoteis, deixar nossa economia pujante como sempre”, espera.
Além dos tradicionais bares e restaurantes na orla da Lagoa da Pampulha, a CDL e o Sebrae estão se articulando para incluir também os micro e pequenos comerciantes nas vendas em torno do evento. “A gente está conversando com os organizadores da corrida para que a CDL, junto com Sebrae, possa preparar micro e pequenos empreendedores que estão ali no entorno, mas também de toda a região metropolitana, que possam ter proveito melhor com suas vendas com o evento aqui no mês de agosto. Antecipadamente a gente prepara esses vendedores para que, dias antes e até depois possam tirar esse proveito”, diz Souza e Silva.
Conselho autorizou corte de árvores
Na semana passada, por 10 votos a dois, o Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam) autorizou o corte de 73 árvores no entorno do Mineirão. A prefeitura diz que os cortes são necessários para garantir mais segurança aos competidores. Para compensar, o Executivo municipal promete plantar quase 500 árvores em BH.
A prefeitura afirma que, como contrapartida, será construído pelos organizadores um sistema de tratamento acústico para evitar que os ruídos provocados pelos veículos não incomodem os moradores e os animais que ficam no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Em entrevista à Itatiaia, a reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart, confirmou que foi procurada pelos organizadores da prova, que apresentaram as contrapartidas que serão feitas no entorno do Mineirão. A reitora diz que está preocupada com os impactos que podem ser gerados pela prova.
“Ainda restam muitas dúvidas. Primeiro, qual é a viabilidade de se construir essa barreira acústica, qual a altura? Isso é algo que a empresa está avaliando, mas que nós também teremos que avaliar com nossos engenheiros, nossa comunidade, se é algo possível de ser feito ou não. Ainda estamos tratando de algo hipotético. Além disso, como mencionei, não é o único impacto que teremos. É um dos mais graves, sem dúvida nenhuma, mas teremos outros impactos que, para nós, são igualmente importantes e têm que ser avaliados. Estamos falando de uma comunidade de 60 mil pessoas, maior do que muita cidade, e que vai causar, sem dúvida nenhuma, impacto enorme a realização desse evento, em termos de acesso, desconforto, meio ambiente, impacto na vida dos animais e no deslocamento de quem tem que ir para a universidade”, contrapõe.
Além do tratamento acústico e do plantio de novas árvores, a
Em caso de acidentes entre os veículos ou vazamentos, os organizadores vão utilizar a mesma tecnologia utilizada na Fórmula 1 para evitar qualquer tipo de dano ao solo. Os promotores do evento e a prefeitura garantem que vão respeitar as boas práticas ambientais praticadas internacionalmente pelo automobilismo para conseguir as demais licenças necessárias para realização da corrida em BH.
A prova está agendada para o dia 18 de Agosto. Segundo a prefeitura, a etapa de BH será transmitida para 150 países.
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