A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou nesta quinta-feira (22) que ele tenha orquestrado um movimento golpista, após as eleições de 2022, para continuar no poder, mesmo após a derrota nas urnas para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O advogado Paulo da Cunha Bueno, que representa o ex-presidente da República, disse, na chegada à Polícia Federal, em Brasília, que Bolsonaro nunca foi simpático a nenhum movimento golpista. “Sobre os demais elementos que constam na investigação, a defesa só irá se manifestar quando tiver acesso a eles”, enfatizou o advogado.
A defesa ressaltou que o decreto de Estado de sítio tem previsão legal, mas garantiu que Bolsonaro nunca cogitou promover o ato. O advogado Paulo da Cunha Bueno afirmou que o ex-presidente não teme novos acordos de delação premiada, como já ocorreu com o ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid, que teve a delação homologada pelo Supremo Tribunal Federal.
“O presidente não teme porque não cometeu nenhum delito”, afirmou Paulo da Cunha Bueno.
O ex-presidente Jair Bolsonaro deve ficar em silêncio por orientação da defesa. Ele é investigado por suposta suposto plano de golpe de estado, que teria sido orquestrado após as eleições presidenciais de 2022.
Além do ex-presidente, outras 12 pessoas deverão ser ouvidas pela Polícia Federal, em Brasília, incluindo o ex-ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro, general Walter Braga Netto.
No total, a Polícia Federal pretende ouvir 24 pessoas, sendo que outras dez serão ouvidas nesta quinta-feira (22) em outros sete estados do país, incluindo Minas Gerais, e um depoente deve ser ouvido na sexta-feira (23), na Superintendência da Polícia Federal do Ceará.
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