Os depoimentos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros 10 alvos da operação que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado estão marcados para o começo da tarde desta quinta-feira (22), na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília.
As oitivas acontecerão de forma simultânea, justamente para evitar combinações entre os investigados. Serão ouvidos, além de Bolsonaro, ex-ministros, ex-assessores e militares da alta cúpula do Exército que, segundo as investigações da PF, teriam participado de uma trama golpista para que Bolsonaro fosse mantido no poder após a derrota nas eleições presidenciais de 2022.
Haverá também depoimentos em outras cidades, no mesmo horário. Um deles é na superintendência da Polícia Federal em Fortaleza (CE) onde será interrogado o general 4 estrelas Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, que foi chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército.
A ideia da PF é aprofundar a investigação, questionando sobre como foi a troca de documentos, as mensagens e objetos encontrados nas buscas e apreensões na operação “Tempus Veritatis”.
O papel da polícia Federal será de perguntar, claro, mas os depoentes podem permanecer em silêncio. Inclusive, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro já informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele permanecerá em silêncio durante o depoimento.
A argumentação é a de que a defesa não teve acesso ao conteúdo das investigações. Na quarta (22), Bolsonaro entrou com mais um pedido para adiar o depoimento, mas essa terceira tentativa de postergar a ida à PF foi novamente negada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito na Corte.
“As situações fática e jurídica não foram alteradas, permanecendo a obrigatoriedade de comparecimento do investigado perante a Polícia Federal”, disse o ministro.
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