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Câmara aprova projeto para conscientizar sobre uso de cigarro eletrônico em escolas de BH

Proposta passou em primeiro turno, mesmo com orientação de voto ‘não’ pela Prefeitura de Belo Horizonte

Câmara de BH aprovou, em 1º turno, projeto que conscientiza comunidade escolar sobre uso de cigarro eletrônico

A Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) aprovou, em primeiro turno, na sessão plenária desta terça-feira (6), um projeto de lei que institui diretrizes de conscientização sobre o uso de cigarros eletrônicos nas escolas da rede pública e privada de Belo Horizonte.

A proposta foi aprovada com votos favoráveis de 22 vereadores - enquanto outros 18 votaram contra.

O Projeto de Lei 687/2023 é de autoria do vereador Fernando Luiz (PSD) e tem como objetivo criar diretrizes sobre conscientização e o combate aos malefícios dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF), também chamados de ‘vape’ ou de cigarros eletrônicos.

Outra medida é a adoção de medidas adicionais para coibir o uso e comércio dos equipamentos na comunidade escolar, promover ações sociais e campanhas educativas sobre o assunto - como campanhas publicitárias, reuniões, palestras, cursos e congressos - e divulgar canais de acesso a serviços públicos e de Organizações Não-Governamentais (ONGs) que prestam auxílio aos usuários dos DEFs.

"É uma conscientização com respeito ao cigarro eletrônico e os demais cigarros que venham danificar a saúde do ser humano. Ou seja, se eu fumo e vocês estão aqui comigo, a mesma contaminação que eu estou ingerindo, eu contamino vocês também. Estamos procurando levar à escola ser o exemplo, através de publicação e incentivo de publicidade para que a sociedade, os alunos, professores, tenham responsabilidade e consciência do problema à saúde”, explica o autor da proposta.

A base da prefeitura foi orientada a votar não. O vice-lider de governo, vereador Wagner Ferreira (PDT), explicou o encaminhamento.

"É uma finalidade muito importante, no entanto, cria despesa para o poder público, não traz o relatório de impacto, violando a Lei de Responsabilidade Fiscal, e também obrigações ao poder público, interferindo na autonomia do Poder Executivo. Por esse motivo, a gente encaminha o voto não”, disse durante a sessão.

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Também nesta terça, a CPI da Assistência Social e da População em Situação de Rua aprovou o relatório final da CPI. Não houve pedidos de indiciamentos, como a Itatiaia adiantou na segunda. O relator, vereador Cleiton Xavier, do PMN, explica o porque.

“A comissão entendeu que não haveria uma pessoa específica que fosse culpada pelo crescimento da população em situação de rua. Não vislumbramos em tudo o que fizemos, uma ação criminosa no gasto do orçamento público. O que a gente percebeu é que houve e há, por parte do prefeito de Belo Horizonte, uma ineficiência nas políticas públicas para tratar dos casos que são afetos a essa população. Sabemos que é um fenômeno que atinge não só as grandes capitais do nosso país, mas sobretudo no mundo inteiro”, afirmou.

Nesta quarta-feira (7), os vereadores de Belo Horizonte devem votar projeto que pretende dar valor ecológico para a Mata do Jardim América, região Oeste da capital. O espaço, que conta com diversas espécies de árvores, está no meio de um entrave jurídico entre construtoras e ambientalistas. Também há, na pauta, projeto para reconhecimento da guarda municipal como patrimônio imaterial da cidade.

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Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.