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O funcionário assediado e ameaçado pelo grupo é o assessor especial de governo, Fernando Oliveira. As informações foram repassadas durante uma coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (24), que contou com a participação do assessor, a vice-prefeita Janete Aparecida e do senador Cleitinho Azevedo, irmão de Gleidson Azevedo (Novo), prefeito da cidade. O prefeito não estava presente.
Segundo a prefeitura, o assessor foi procurado pelo grupo em em março de 2023. Um dos integrantes do esquema procurou Fernando Oliveira e se apresentou como representante de uma empresa especialista em licitações para gerenciar recursos federais.
O homem teria dito ao assessor que teria informações supostamente privilegiadas do Ministério da Cultura e que ajudariam a prefeitura a captar uma verba de R$ 2 milhões referente à Lei de Incentivo à Cultura, batizada com o nome do humorista Paulo Gustavo. Além de pedir 30% de comissão, o homem teria oferecido 5% do dinheiro diretamente para o assessor.
Incomodado com a proposta e temendo pela vida, o assessor acionou o prefeito Gleidson Azevedo, que decidiu chamar a Polícia Federal.
A PF passou a monitorar o grupo e nessa terça-feira (23) prendeu quatro homens, suspeitos de integrarem o esquema, no momento em que estavam no pátio da prefeitura. Eles estariam pressionando e ameaçando o assessor de morte pelo fato dele não topar participar do esquema.
Defendendo o irmão, o senador Cleitinho disse que a Prefeitura de Divinópolis não vai aceitar participar de esquema de corrupção de vai denunciar qualquer ato de irregularidade que for identificado. “Se tem prefeitura que aceita essa patifaria, essa vergonha de querer vir levar vantagem, aqui a gente não aceita e nunca aceitou”, disse.
A Prefeitura de Divinópolis recebeu R$ 1,9 milhão em repasses da União por meio da Lei Paulo Gustavo. No entanto, o Executivo afirma que o dinheiro foi obtido através de um processo legal e que respeitou todos os trâmites legais.
Os quatro suspeitos já foram transferidos para o Presídio Floramar, em Divinópolis. Eles foram ouvidos na Delegacia da Polícia Federal em Divinópolis e agora estão no sistema prisional à disposição da Justiça. Questionada pela Itatiaia, a administração municipal informou que o grupo não tinha nenhuma ligação com a prefeitura e estavam ameaçando e tentando extorquir o Executivo.
A Polícia Federal confirmou para nossa reportagem que os indivíduos exigiram do servidor da prefeitura uma parte de uma verba federal e ainda o ameaçaram de morte, caso não fosse paga a quantia exigida. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
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