O mal-estar entre
O novo grupo reúne parlamentares bolsonaristas, entre eles os senadores Jorge Seif (PL-SC) e Magno Malta (PL-ES), em torno da pauta da militarização das escolas, uma das principais bandeiras do ex-presidente e de Tarcísio. O governador de São Paulo, aliás, afirmou no evento que enviará à Assembleia Legislativa do estado um programa para regulamentar os colégios cívico-militares e fará uma consulta pública para avaliar a opinião da população sobre o assunto.
“Olho vocês, alunos, e penso que estamos diante de um novo Bolsonaro lá na frente, de um novo Zucco lá na frente. Apesar da tentativa de desmonte, as escolas militares não serão desmontadas. Este modelo é o que nos traz esperança, é o que transforma a escola em uma casa de patriotismo, de civilidade”, afirmou se dirigindo à plateia. Além de fãs do ex-presidente, alunos de escolas adeptas do modelo cívico-militar em Minas Gerais e no Distrito Federal também participaram da cerimônia.
Bolsonaro concordou com Tarcísio, elogiou o governador de São Paulo, corroborando o clima ameno entre eles, e endossou o discurso favorável ao modelo cívico-militar. “Quem podia esperar que o Tarcísio um dia seria governador do estado de São Paulo? Ele é inteligente, é esperto e hoje nos orgulha em São Paulo”, afirmou. “Só se combate a pobreza, a desigualdade, dando meios para que vocês alcancem mais recursos. E só tem um caminho: uma escola de qualidade, e não um depósito para filhos serem doutrinados. As escolas cívico-militares têm disciplina, têm hierarquia”, disse.
Fim das escolas cívico-militares
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou em julho a
O encerramento do programa não foi bem recebido por governadores aliados de Bolsonaro, e pelo menos quatro indicaram que vão criar os próprios programas para apoiar a transição das escolas para o modelo cívico-militar: Romeu Zema (Novo), em Minas Gerais; Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo; Jorginho Mello (PL), em Santa Catarina, e Ratinho Júnior (PSD), no Paraná.