Ouvindo...

Governador não vê necessidade de intervenção federal no RJ

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), se reuniu nesta quarta-feira (25) com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), além dos ministros da Defesa e da Justiça e Segurança Pública

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, esteve em Brasília para pedir apoio federal no enfrentamento ao crime organizado

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), descartou a possibilidade de uma intervenção federal na segurança pública do Rio, mesmo diante da escalada da violência no estado, que sofreu na segunda-feira (23) o maior número de depredação de ônibus da história em um único dia, com 35 coletivos queimados na Zona Oeste da capital fluminense. O governador se reuniu, ao longo desta quarta-feira (25), em Brasília, com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), além do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Castro também se reuniu no início da noite desta quarta-feira (25) com o ministro da Defesa, José Múcio, para pedir o apoio das Forças Armadas no patrulhamento dos portos e aeroportos, além da Baía de Guanabara. “Foi uma reunião para o Rio de Janeiro colocar o pleito dele. Agora, o governo federal vai se reunir para ver como atender, da melhor forma possível, o pleito do Rio de Janeiro”, detalhou Castro na saída da reunião. “O ministro foi extremamente acolhedor com o pleito do Rio de Janeiro e falou que, no governo, todos estão imbuídos de ajudar o Rio de Janeiro. Nos próximos dias, provavelmente, eu vou ser chamado para ver como o governo vai ajudar”, revelou Castro.

O governador do Rio de Janeiro pediu o apoio das Forças Armadas para bloquear a entrada de armas e drogas nos portos e aeroportos. Castro também conversou, nesta quarta-feira (25), com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, sobre o emprego de agentes da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional para reforçar o patrulhamento nas rodovias federais que cortam o estado. “Para o trabalho do Rio surtir efeito, é preciso esse trabalho de asfixia tanto na entrada de armas e drogas quanto na asfixia financeira”, afirmou.

Castro descartou a possibilidade de uma intervenção federal no Rio de Janeiro, como ocorreu em 2018, com a decretação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO). “Naquele momento, o Rio de Janeiro precisava que alguém assumisse. Hoje, não. Hoje, ele precisa de parceria e para que a gente trabalhe juntos para, aí sim, dar os resultados que a população precisa” afirmou o governador. “A gente está muito tranquilo que a necessidade do momento não é ter GLO, ter intervenção federal ou algo nesse gênero. A realidade do momento é integração e trabalho efetivo, e todos estão pensando igual nesse sentido”, garantiu Castro.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou nesta quarta-feira (25) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai receber, na semana que vem, um estudo que tem a finalidade de reforçar o efetivo do aparato federal de segurança, incluindo as Forças Armadas, para atuação nas fronteiras do país, nos portos e aeroportos, que são áreas de competência federal.

Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.