O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou nesta quarta-feira (25) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai receber, na semana que vem, um estudo elaborado pelo governo federal que tem a finalidade de reforçar o efetivo do aparato federal de segurança, incluindo as Forças Armadas, para atuação nas fronteiras do país, nos portos e aeroportos, que são áreas de competência federal. No primeiro momento, segundo Dino, o reforço no efetivo nos portos terá a região Sudeste como foco. “Me refiro às fronteiras brasileiras, porque isso é relevante para o tráfico de drogas e de armas, que atingem fortemente a região Sudeste. Portos, neste momento, relativos à região Sudeste, e aeroportos”, destacou Dino.
O ministro Flávio Dino participou de uma reunião, nesta quarta-feira (25), no Palácio do Planalto, que contou com as presenças do ministro da Casa Civil, Rui Costa, da Defesa, José Múcio, além dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. No encontro, foram discutidas ações de segurança no âmbito nacional.
O ministro Flávio Dino revelou que Lula deve fazer novos anúncios na semana que vem na área da segurança pública. Dino detalhou que discutiu, na reunião, a adoção de novas ferramentas de tecnologia no efetivo federal. “Nós usamos uma ferramenta nos estados que identifica celulares dentro dos presídios, mas não há um número suficiente no Brasil, hoje, para cobrir todos os presídios. Eu propus que haja uma parceria com os estados, nos dispondo em adquirir mais essas ferramentas”, detalhou o ministro.
Flávio Dino não descarta a possibilidade de aumentar o efetivo federal no Rio de Janeiro. O estado recebeu apoio de 300 agentes da Força Nacional, 270 da Polícia Rodoviária Federal, além do reforço de agentes do setor de inteligência da Polícia Federal. Dino pontuou que o governo do Rio propôs a criação de uma força tarefa estadual de identificação dos fluxos de lavagem de dinheiro. “Vamos dar todo o apoio necessário para que o governo do Rio tenha êxito nessa atuação porque isso é vital para você, de fato, combater as organizações criminosas. O problema das organizações criminosas no Rio não é falta de plano”, enfatizou Dino.
O ministro da Justiça e Segurança Pública entregou algumas propostas legislativas aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, propondo mudanças na legislação para endurecer as ações contra o crime organizado. “Eu apresentei ao ministro Padilha, a pedido dele, algumas ideias de projetos de lei que não vão resolver, mas podem ajudar. Hoje eu entreguei essa relação ao ministro Rui Costa. A mesma relação foi encaminhada ao presidente Arthur Lira (Câmara) e ao presidente Rodrigo Pacheco (Senado). Para que haja algumas mudanças legislativas que nos ajudem”, detalhou Dino. “É verdade que não vai ser a votação de uma lei que vai mudar, por encanto, o sistema de segurança, mas ajuda. Assim como medidas de apoio aos estados ajudam, assim como o aperfeiçoamento das esferas federais ajudam. E é isso que vai fazer com que a gente quebre o poder das organizações criminosas”, destacou Dino.
