A Câmara dos Deputados decidiu aguardar o retorno do presidente Arthur Lira (PP-AL) ao Brasil para pautar, no plenário, a votação do Projeto de Lei (PL) que prevê a taxação das offshores nos paraísos fiscais e dos fundos fechados de investimento, que foram apelidados de fundos dos super-ricos. Inicialmente, o vice-presidente Marcos Pereira (Republicanos-SP) sugeriu que a votação ocorreria nesta terça-feira (17).
Entretanto, em nota publicada nesta tarde, ele assinalou que manterá o acordo firmado entre Lira e os líderes das bancadas em
Na nota, Pereira indicou que chegou a se reunir com as lideranças na Câmara, que decidiram pela manutenção do acordo com Lira. “Este vice-presidente, no exercício da presidência, consultou o Colégio de Líderes e vários líderes ponderaram pelo cumprimento do acordo”, declarou no documento.
A discussão sobre o projeto de lei ocorreu na véspera da viagem de Lira à Índia e à China. Em 4 de outubro, o relator Pedro Paulo (PSD-RJ) e as lideranças aliadas ao governo propuseram articulações para negociar a aprovação da matéria. Entretanto, não houve clima para pautá-la. Na data, Pedro Paulo concordou com o adiamento e afirmou que o pedido da oposição era plausível para a Câmara discutir o assunto ‘com segurança’ e ‘sem corre-corre’.
“Esse pedido [de adiamento] surge para o projeto ser melhor esclarecido. Muitos líderes já tinham compreensão sobre o texto, mas não houve tempo suficiente para repassar às bancadas e ouvi-las. Então, eles [líderes] pediram ao presidente que adiasse para o dia 24 de outubro”, disse na época. Este é o acordo que o colégio de líderes decidiu manter após reunião com o vice-presidente Marcos Pereira.