A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) expôs duas faturas de um cartão de crédito atribuídas Michelle Bolsonaro na sessão desta quinta-feira (24) da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro para desconstruir a tese de que a ex-primeira-dama teria financiado os ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, na ocasião. “Estão querendo destruir a reputação da primeira-dama Michelle”, afirmou a senadora aos colegas parlamentares.
Damares Alves apresentou imagens de duas faturas de cartão de crédito nos valores de R$ 315 e R$ 341 atribuídas à ex-primeira-dama. A titular do cartão é Rosimary Cardoso Cordeiro, amiga de Michelle e atual assessora do gabinete de Damares no Senado Federal. “Já insinuaram que esse cartão de crédito foi usado para financiar atos golpistas”, disse.
“Rosimary, que chamamos de ‘chuchu’ aqui no Senado, é amiga há década de Michelle. Michelle aos 14 anos vendia laranja no farol. Essa menina chegou a ser primeira-dama e quando foi trabalhar no gabinete com chuchu, não tinha renda para abrir cartão de crédito”, acrescentou a senadora. O cartão de crédito de Rosimary teve Michelle Bolsonaro como dependente entre os anos de 2015 e 2021.
A primeira das faturas apresentadas por Damares é referente ao ano de 2020. “Esse cartão foi especificamente aberto em 2015. Olha as despesas de Michelle! Renner! R$ 89! Olha as despesas da nossa primeira-dama…", concluiu a parlamentar.
No início deste ano, áudio divulgado pelo Metrópoles indicou suposta rachadinha entre Michelle Bolsonaro e a amiga. Informações obtidas pelo portal indicam que faturas do cartão de Rosimary eram pagas com dinheiro vivo por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).