O ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques, preso em operação deflagrada na quarta-feira, deve ser ouvido nesta quinta-feira (10) pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Constituição Cidadã, que apura o suposto uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral, em decorrência das operações de fiscalização realizadas pela PRF no segundo turno das eleições de 2022 na região Nordeste do país.
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Silvinei foi alvo de mandado de prisão preventiva proferido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. No pedido, a Polícia Federal entendeu que o ex-chefe da PRF em liberdade poderia atrapalhar as investigações influenciando o depoimento de agentes da corporação.
A operação da Polícia Federal também cumpriu 10 mandados de busca e apreensão em três estados, além do Distrito Federal.
A operação contou, ainda, com o apoio da Corregedoria Geral da PRF, que determinou a oitiva de 47 policiais rodoviários federais que participaram de reuniões com Silvinei Vasques.
A investigação apura os crimes de prevaricação e violência política, além de crimes eleitorais. Silvinei Vasques se aposentou em dezembro do ano passado, ainda na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Silvinei foi exonerado do cargo três dias depois.