Ex-sargento da Polícia Militar, Ronnie Lessa, 52 anos, é apontado como o responsável por disparar os tiros que mataram a ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, e o motorista dela, Anderson Gomes, em 14 de março de 2018.
Ele foi preso preventivamente pelo crime em março de 2019 e a acusação ganhou força após o também ex-policial militar,
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Lessa ingressou na PM do Rio de Janeiro em 1992 e foi expulso em fevereiro de 2023. A corporação classificou a conduta dele como “execrável”. O ex-PM acumula condenações. Após a Receita Federal apreender 16 “quebra-chamas” para fuzis — equipamento utilizado para diminuir o clarão dos disparos — no Aeroporto do Galeão, no Rio, Lessa foi condenado a cinco anos de prisão por tráfico internacional de armas. A compra do “quebra-chamas” é controlada pelo Exército.
Lessa também foi condenado a 13 anos e 6 meses de prisão por comércio ilegal de armas. Em 2019, foram encontradas 117 peças de fuzis na casa de um amigo de Lessa, Alexandre Souza, que afirmou que o material era de propriedade do ex-sargento da PM. Segundo a Justiça, o provável destino das armas eram traficantes de drogas e milícias.
Ronnie Lessa pegou mais quatro anos de prisão, em regime aberto, pela destruição de provas do caso Marielle. Junto com outras três pessoas, ele teria organizado o descarte de armas no mar da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, cerca de um ano após o crime. Entre os objetos, a polícia suspeita que está a arma usada para matar a ex-vereadora.
Lessa era vizinho do ex-presidente Jair Bolsonaro no condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro. Quando houve a prisão em março de 2019, Bolsonaro afirmou que não se lembrava do ex-sargento da PM. Um dos filhos do ex-presidente, Jair Renan, namorou a filha de Lessa.