Em Brasília para participar de uma série de reuniões nesta segunda-feira (26), o
Na última semana, Lula cobrou, em Paris, que o Fundo Monetário Internacional (FMI) perdoa a dívida de um empréstimo bilionário à Argentina - contraída ainda durante o governo de Maurício Macri, opositor de Fernández na política local.
“Da forma mais irresponsável do mundo, o FMI emprestou US$ 44 bilhões de dólares para um senhor que era presidente [Macri]. Não se sabe o que ele fez com o dinheiro, e a Argentina está hoje em uma situação econômica muito difícil porque não tem dólar para pagar o FMI”, disse Lula na última sexta-feira (23), durante discurso na Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, realizado na França.
Lula também se reuniu com a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, durante reunião da Cúpula do G7, no Japão, no fim de maio - onde tratou do mesmo assunto.
“A Argentina é o nosso principal parceiro comercial na América do Sul. Eu conversei com a diretora do FMI sobre a situação da Argentina e pedi que ela tivesse compreensão porque, depois da pandemia, a Argentina enfrentou uma seca. Vamos dar um tempo para a Argentina se recuperar”, disse Lula a jornalistas na ocasião.
‘Amigo’
Nesta segunda-feira (26), Fernández retribuiu a cobrança de Lula ao FMI e chamou-o de “amigo”.
“Nós, argentinos, encontramos na nossa vida os brasileiros e os brasileiros, o povo argentino. Eu, pessoalmente, encontrei na minha vida um enorme homem e adorável amigo, que se chama Lula da Silva. Eu não o procurei, ele simplesmente apareceu”, afirmou.
Citando o compositor argentino Atahualpa Yupanqui, Fernández disse que Lula é “Alberto com outra cara”.
“Quando o amigo esta em problema, o que faz? Pede ajuda e os amigos sempre estão aí", completou.
Na última semana, o Fundo Monetário Internacional adiou por uma semana o prazo de pagamento de uma parcela da dívida da Argentina com o órgão, de US$ 2,8 bilhões, que venceria na última sexta-feira (23). O novo prazo é dia 30 de junho.