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CMBH: relator promete entregar na semana que vem parecer sobre subsídio a empresas de ônibus

Irlan Melo, do Patriota, não antecipa o conteúdo do relatório, mas diz que vai apresentar emendas para aperfeiçoar texto construído pela prefeitura

Projeto da PBH para aportar dinheiro no sistema de transporte deve sofrer alterações na Câmara

O vereador Irlan Melo (Patriota), relator do Projeto de Lei (PL) enviado pela Prefeitura de Belo Horizonte à Câmara Municipal a fim de obter aval para conceder subsídio às empresas de ônibus, prometeu entregar seu parecer aos colegas na próxima terça-feira (23). Irlan é o responsável por emitir opinião sobre o tema na Comissão de Legislação e Justiça (CLJ) do Parlamento.

No texto, o prefeito Fuad Noman (PSD) pede autorização legislativa para repassar, às empresas, crédito suplementar até o limite de R$ 476,1 milhões. O chefe do poder Executivo, porém, já sinalizou que não pretende aportar o teto previsto no projeto — e tampouco pretende endossar o pleito dos concessionários de conseguir R$ 740 milhões em verbas públicas. O repasse público é visto pela administração municipal como saída para diminuir a atual tarifa, fixada em R$ 6.

Nesta quinta-feira (18), ao garantir a apresentação de seu relatório na semana que vem, Irlan disse que ainda não é possível dizer se o parecer vai recomendar que o conjunto de vereadores autorize a subvenção.

“Independentemente de qualquer circunstância, na terça-feira, vou apresentar o parecer, que vai contemplar o que entendo em relação ao projeto do subsídio e se existem ilegalidades ou inconstitucionalidades”, esquivou-se.

No início da semana, Irlan recebeu documento da PBH com respostas a 63 perguntas feitas por ele sobre o subsídio. Entre as indagações, está o valor da passagem cobrada nos coletivos com a subvenção. Ele questionou, também, o preço das tarifas em um cenário sem aporte público no sistema de ônibus.

“O que posso adiantar é o seguinte: existem circunstâncias que merecem emendas por conta das respostas. Meu parecer, seja qual for, vai conter emendas para tentar aperfeiçoar o projeto”, explicou.

A Comissão de Legislação e Justiça é a “porta de entrada” de todos os projetos enviados à Câmara de BH. Os vereadores terão de votar o projeto em dois turnos no plenário.

Aumento pode ser vetado por vereadores

Paralelamente às conversas sobre o subsídio, outro projeto ligado ao transporte público de BH tramita na Câmara. Trata-se de texto apresentado com o objetivo de anular o decreto do Executivo que elevou a tarifa-base dos ônibus a R$ 6. Nesta quinta-feira, a Comissão Especial formada para analisar a possibilidade deu aval à ideia. Agora, o tema será votado em turno único no plenário.

A relatora do projeto para sustar o aumento foi Loíde Gonçalves (Podemos). Ela crê que, na próxima semana, será possível colocar o tema em pauta no plenário.

Segundo Loíde, a portaria a respeito do aumento nas tarifas tem “vícios de constitucionalidade”. “Uma vez tendo o Poder Executivo extrapolado o seu poder regulamentar, é função do Legislativo sustar tal ato, como já pacificou o Egrégio Supremo Tribunal Federal”, lê-se em trecho do relatório dela.

Tem mais de 27 anos de experiência jornalística, como gestor de empresas de comunicação em Minas Gerais. Já foi editor-chefe e apresentador de alguns dos principais telejornais do Estado em emissoras como Record, Band e Alterosa, além de repórter de rede nacional. Foi editor-chefe do Jornal Metro e também trabalhou como assessor de imprensa no Senado Federal, Tribunal de Justiça de Minas Gerais e no Sesc-MG. Na Itatiaia, onde está desde abril de 2023, André é repórter multimídia e apresentador.
Graduado em Jornalismo, é repórter de Política na Itatiaia. Antes, foi repórter especial do Estado de Minas e participante do podcast de Política do Portal Uai. Tem passagem, também, pelo Superesportes.