As conversas entre o governador Romeu Zema (Novo) e investidores estrangeiros interessados em aportar recursos no chamado “Vale do Lítio” têm tido a participação de representantes do Ministério de Minas e Energia. A equipe do ministro Alexandre Silveira, do PSD, tem um emissário na comitiva que partiu de Minas Gerais rumo aos Estados Unidos em busca de impulsionar a exploração mineral no Vale do Jequitinhonha.
Desde que assumiu a pasta de Minas e Energia, Alexandre Silveira tem conversado com empresários do Jequitinhonha sobre alternativas para expandir a busca pelo lítio. Nos Estados Unidos, ele é representado por Vitor Saback, secretário Nacional de Geologia, Mineração e Transformação Mineral.
“Não há de se falar em Minas Gerais, na economia de nosso estado, sem considerar a importância do setor mineral. Não é só a questão do minério de ferro. Os minerais estratégicos (também): o lítio do Vale do Jequitinhonha, o nióbio, o potássio e outros potenciais importantes para a transição energética e para o desenvolvimento do nosso estado”, disse o ministro, à Itatiaia, nessa terça-feira (9).
Saback, aliás, participou do processo de construção do chamado “Vale do Lítio”. “É importante que a gente possa estar atento a todos os interesses regionais de Minas, mas esteja com os olhos sempre voltados ao Vale do Jequitinhonha, ao Mucuri, ao Norte de Minas e à Zona da Mata, que tem problemas e desigualdades mais latentes”, completou Silveira
Bolsa de Valores é trunfo
O projeto em torno do “Vale do Lítio” foi, inclusive, formalmente apresentado na Nasdaq, a Bolsa de Valores de Nova York. O pregão desta quarta-feira (10) foi, inclusive, aberto por Zema.
“O ministro já entende do setor e nos delegou a missão de trazer uma mineração do ponto de vista ambiental, segura e que garanta emprego e renda. Como, por exemplo, em Minas Gerais, na Região do Vale do Jequitinhonha”, explicou Vitor Saback à reportagem.