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Por que Minas quer investir na exploração do Lítio?

O elemento mineral é encontrado em concentrações viáveis para extração no Jequitinhonha, Norte e Nordeste de Minas. A região está sendo apresentada ao mundo como Vale do Lítio

A demanda por lítio aumentou nos últimos anos por causa da fabricação de baterias de longa duração para veículos elétricos e equipamentos eletrônicos. O elemento mineral é encontrado em concentração considerável no Vale do Jequitinhonha, Norte e Nordeste de Minas Gerais, mas não vinha sendo explorado em todo seu potencial.

A capacidade de produção está sendo mapeada, aos poucos, por várias jovens empresas que estão na fase de pesquisa para exploração do material. Uma dessas companhias, a Sigma, já está explorando o Lítio e é ela que protagoniza a apresentação do Vale do Lítio Nasdaq, a maior bolsa de valores de tecnologia e inovação do mundo, que será realizada nesta terça-feira (9).

Bolsa de Valores

O lançamento internacional na bolsa de valores abre portas, porque coloca uma espécie de selo de qualidade na região e pode atrair tanto as empresas que querem se instalar, como pode gerar um movimento de abertura de capital das companhias que já estão na região, atraindo investimentos estrangeiros e nacionais.

Gigantes do mercado

A exploração de lítio vem se mostrado tão atraente que as maiores mineradoras do mercado, que exploram minério de ferro, têm demonstrando interesse na região. A informação do setor é de que há sondagens, pesquisas de terrenos e até propostas de gigantes do mercado para empresas que já atuam na área.

Valores

O espodumênio enriquecido, rocha na qual o lítio é encontrado em concentração de 6% a 8%, é vendido a U$ 6 mil por tonelada.

Se o Vale do Lítio alavancar o desenvolvimento socioeconômico aguardado pelo Governo de Minas e pela Indústria, o Produto Interno Bruto (PIB) e o Índice de Desenvolvimento Econômico (IDH) devem subir muito na próxima década.

Como todo desenvolvimento traz mudanças, entre elas a chegada de novos moradores e a demanda por mão de obra, o Estado precisará investir em formação educacional e proteção social.

Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.
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