Ouvindo...

Assembleia de Minas vai debater segurança nas escolas após onda de ameaças

Deputados, representantes do Governo de Minas, Ministério da Justiça e MP vão debater políticas públicas para combater crimes

Assembleia vai debater segurança nas escolas após onda de ameaças a unidades escolares

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) discute, na próxima segunda-feira (17), os recentes episódios de violência escolar e ameaças de massacres em instituições de ensino em todo o país. O “Assembleia Fiscaliza Segurança nas Escolas” vai reunir deputados estaduais, representantes do Governo de Minas, do Ministério da Justiça e da Segurança Pública e o Ministério Público (MP) para debater o tema.

Nesta semana, a Assembleia aprovou um projeto de lei que obriga treinamento para alunos e professores e prevê criação de campanhas educativas sobre a violência escolar.

A iniciativa é da Mesa Diretora, que adaptou o projeto Assembleia Fiscaliza dada a relevância do assunto.

De acordo com o Legislativo, o evento terá abertura pelo presidente da Casa, Tadeuzinho Leite (MDB). Em seguida, um representante do Ministério da Justiça fará uma exposição sobre as ações adotadas pelo governo federal para prevenir os ataques.

Nesta semana, o ministro Flávio Dino publicou uma portaria que obriga plataformas digitais a retirar conteúdos e revelar informações sobre usuários que compartilham discurso de ódio. O governo federal também liberou R$ 150 milhões para auxiliar estados a fortalecer o policiamento nos arredores das escolas e outros R$ 100 milhões para ações que envolvem guardas municipais.

Leia também:

Por parte do Governo de Minas, participarão as secretárias de Planejamento, Luísa Barreto; Desenvolvimento Social, Elizabeth Jucá; e o secretário da Educação, Igor Rojas. A chefe da Polícia Civil, Letícia Gamboge e o comandante da Polícia Militar, coronel Rodrigo Piassi, também comparecerão.

Violência nas escolas

O tema “violência nas escolas” ganhou repercussão ainda maior após ataques recentes em unidades escolares em Santa Catarina, São Paulo e Goiás. Além disso, dezenas de ameaças de massacres foram compartilhadas nas redes sociais em todo o país. No dia 5 de abril, um homem invadiu uma creche em Blumenau (SC) e matou quatro crianças de quatro a sete anos de idade, com golpes de machadinha.

Uma semana antes, um aluno matou uma professora a facadas e feriu outras três pessoas antes de ser desarmado por uma educadora em São Paulo (SP). Em Santa Tereza de Goiás (GO), um aluno feriu três alunos durante um ataque a faca que não deixou mortos.

Nesta quinta-feira (13), um adolescente de 17 anos, aluno de uma escola da região Norte de Belo Horizonte, foi apreendido. Ele é acusado de ter pixado o banheiro da unidade de ensino com uma mensagem sobre massacre no dia 20 de abril.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.