A Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) marcou para a próxima segunda-feira (13), a votação de dois projetos de lei que mudam regras para o transporte coletivo na capital mineira. As propostas serão votadas em segundo turno e, caso aprovadas, irão para sanção do prefeito Fuad Noman (PSD).
O PL 442/22
Já o PL 446/22 muda a forma de cobrança da tarifa aos passageiros. A proposta proíbe que a passagem seja comprada com dinheiro em espécie, evitando que o motorista tenha que dirigir e fazer a cobrança ao mesmo tempo.
O presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo (sem partido), criticou a demora da prefeitura para aprovar as propostas antes do fim do prazo do subsídio pago pelo Executivo municipal às concessionárias de ônibus. Os repasses terminam em março e há uma ameaça de que as passagens possam aumentar caso não haja solução para a questão.
“Aumentar a tarifa apenas porque a PBH não foi capaz de discutir o cancelamento ou reformulação do contrato atual é repassar para o bolso do usuário do transporte coletivo, geralmente a população mais pobre da cidade, o custo da lentidão do prefeito”, afirmou.
Aumento da passagem de ônibus
Nesta semana, o prefeito Fuad Noman (PSD), em entrevista à Itatiaia,
“Se isso acontecer, vai ser uma coisa muito pequena. Eu só não quero dizer que não vai tar [aumento da tarifa] e se precisar acontecer, não quero ter sido um mentiroso aqui. Mas a chance de ter é muito pequena”.
O prefeito lembrou, ainda, que a passagem está congelada em Belo Horizonte desde 2018 e que, hoje, o custo da tarifa ao passageiro deveria ser de R$ 6,50, mas que a prefeitura paga parte desse valor.
“Eu não vou falar mentira. Meu esforço maior será o de não aumentar a tarifa. Agora, se nós vamos pagar a diferença de R$ 2 ou R$ 2,50 em cada passagem, dependendo do custo final do sistema, talvez o subsídio que tem que ser pago tem que ser muito alto a ponto de a prefeitura não recurso para fazer isso”, afirmou.
“Se isso acontecer, espero que não aconteça porque estamos trabalhando para isso não acontecer, pode ser que a gente seja obrigado a, não agora, mas um pouco mais para frente, a fazer um pequeno reajuste. Mas estou fazendo todo o empenho com a equipe e os estudos que estamos fazendo, para que não precisemos fazer isso. Não queremos onerar o trabalhador, não queremos que o trabalhador sofra”, completou Fuad Noman.