O advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, afirmou que não foi o responsável pela lista de convidados para uma confraternização que aconteceu em sua casa depois da
O evento contou com a presença de lideranças petistas e do governo eleito e também com a presença dos ministros Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em entrevista à CNN, Kakay afirmou que coube ao presidente eleito Lula e sua esposa Rosângela da Silva, a Janja, elaborar a lista de presença.
“Eu recebi um telefonema do presidente, por quem tenho um profundo carinho, afeto e respeito. Ele fez uma lembrança do tempo quando ele tomou posse, amanhã faz 20 anos de quando ele foi diplomado pela primeira vez como presidente da República. Naquela época, eu era dono do Piantella, que foi o restaurante mais charmoso de Brasília, onde os políticos iam. E eu fiz uma recepção para receber, o presidente, o vice-presidente, alguns ministros do TSE, que era o ministro Nelson Jobim. E o presidente Lula, carinhosamente, disse que tinha dado sorte e queria fazer uma recepção na minha casa. Eu fiquei feliz, para mim é uma alegria e honra. Mas apenas cedi a casa, quem fez a lista e a agenda foi o presidente e a Janja”, contou o advogado.
Questionado se considerava adequado a presença de ministros de tribunais superiores em uma comemoração política, Kakay disse que não viu nenhum problema e que tais eventos são comuns em Brasília.
“Se eu não julgasse adequado, eu vetaria. Eu não sabia nem quem viria, não fiz a lista de convidados. Não fiz veto absolutamente nenhum. Eu hoje sou advogado, ainda no STF, do Ciro Nogueira, chefe da Casa Civil do atual governo, advoguei para quatro presidentes da República, para mais de 80 governadores, advoguei para vários senadores, não vejo que há absolutamente nenhuma incoerência ou incompatibilidade o fato de ter em um ato formal, da diplomação, uma confraternização”, afirmou o advogado.