O vereador de Belo Horizonte e deputado eleito Nikolas Ferreira (PL) considerou que a decisão do ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de liberar as redes sociais de alguns deputados é uma “vitória parcial”, mas que os parlamentares continuam “reféns” e “com a liberdade de expressão tolhida”.
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“Ainda não foram liberadas minhas contas e não sei quais serão liberadas. É uma vitória parcial. Ainda somos reféns e temos a nossa liberdade de expressão tolhida. Aplicação de multa de 20 mil reais, caso fale algo que vá contra o ‘estado democrático de direito ou justiça eleitoral’ é a prova da tornozeleira virtual. Só pode falar o que eles aprovam. Isso não é liberdade”, disse Nikolas Ferreira.
O deputado Cabo Junio Amaral afirmou, em entrevista à Itatiaia nesta quinta-feira (8), que a decisão de Moraes representa “uma gota de água no oceano”. “Ele deveria fazer muito mais do que isso, deveria interromper suas ações arbitrárias”, diz o deputado mineiro.
Nesta quinta-feira (8), Moraes aceitou um pedido feito pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), e determinou que as redes sociais retirassem as redes de alguns deputados. O ministro, no entanto, fixou uma multa diária no valor de R$ 20 mil na hipótese de reiteração de divulgação dos conteúdos indicados como ataques à Justiça Eleitoral.
Nikolas afirma que pretende continuar trabalhando pela “reconstrução das prerrogativas dos parlamentares e pela liberdade de expressão”. “O que está em jogo é a existência do Parlamento e a democracia no Brasil”, disse o parlamentar mineiro.
Nikolas Ferreira foi o deputado
Cabo Junio Amaral se elegeu deputado federal pela primeira vez em 2018 e se reelegeu este ano, com mais de 59 mil votos.
A decisão libera os perfil dos deputados Major Vitor Hugo (PL-GO), Cabo Junio Amaral (PL-MG) e Marcel Van Hattem (Novo-SP) e dos deputados eleitos Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO). Já o perfil da deputada Carla Zambelli (PL-SP) continua bloqueado por decisão de Moraes.