Em entrevista coletiva após uma série de compromissos em Brasília nesta quarta-feira (9), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que protestam contra o resultado do segundo turno das eleições que apontou derrota do candidato à reeleição.
Lula classificou as manifestações como “sem pé nem cabeça” e disse esperar que a Justiça consiga detectar “quem está financiando” os atos.
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“Quero agradecer pelo comportamento e a lisura do Poder Judiciário no enfrentamento à violência e à ilegalidade e ao desrespeito democrático praticado neste país. A urna eletrônica é uma conquista do povo brasileiro e acho que muitos países invejam o Brasil pela lisura do processo, que terminam as eleições às cinco horas e antes das oito todo mundo já sabe quem foi eleito governador, senador e o presidente”, afirmou.
A entrevista foi concedida logo após uma visita feita ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, no fim da tarde desta quarta-feira. Antes, Lula se reuniu, separadamente, com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com 10 dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Essas pessoas que estão protestando, sinceramente, não tem porque protestar, deveriam dar graças a Deus pela diferença ter sido menor do que a que nós merecíamos ter de votos”, disse o petista. “Eu acho que é preciso detectar quem é que está financiando esses protestos que não tem pé nem cabeça, as ofensas às autoridades, ameaça de fechamento, agressão verbal. Coisa que eu, que já fui dirigente sindical, que já fiz greve, a gente não tinha por hábito utilizar isso”, completou o presidente eleito.
Após as reuniões dos Poderes Legislativo e Judiciário, Lula destacou que o país precisa “recuperar a normalidade da convivência das instituições brasileiras”. “Eu vim para dizer às instituições que o Brasil vai voltar à normalidade. A gente vai voltar a dormir tranquilo, a sonhar, a ter o prazer e o orgulho de ser brasileiro”, disse.
