Questionado por jornalistas durante uma coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (3), o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), criticou os bloqueios de estradas por todo o país realizados por apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) desde o último domingo, quando ele foi derrotado nas eleições pelo seu adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O direito de ir e vir é sagrado, não é possível impedir as pessoas de se locomoverem, é grave. Isso pode comprometer a saúde das pessoas, abastecimento de hospitais, transplantes, vacinas, alimentação, combustível, além dos prejuízos”, afirmou Alckmin, que se reuniu mais cedo com o secretário-geral do Governo, general Ramos e o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP) para dar
“Quem vai pagar esses prejuízos? Quem vai ser responsabilizado por esses prejuízos? Uma coisa é manifestação, outra é limitar o direito de ir e vir das pessoas. Não é possível”, afirmou.
Alckmin também disse que ser “despropositado” pedidos de intervenção federal feitos por manifestantes que bloqueiam rodovias e fazem protestos em frente a unidades militares em todo o país.
“Não merece nem comentário”, afirmou.
Alckmin desconversou quando jornalistas insistiram no assunto.
“O presidente Lula deixou claro no seu discurso pós-eleição que a nossa tarefa é unir o Brasil, ter uma agenda de propostas e melhorar a vida da população. Bola para frente, a transição começou e vamos fazê-la da melhor maneira possível”, concluiu.