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Soraya Thronicke no debate dos presidenciáveis na Rede Globo; veja resumo

Confira como foi a participação da candidata Soraya Thronicke (União Brasil) no debate dos presidenciáveis na Rede Globo

Candidata Soraya Thronicke (União Brasil) participou de debate na TV Globo nessa noite de quinta-feira

Primeira candidata do União Brasil à presidência da República, a senadora Soraya Thronicke protagonizou um confronto inusitado com o candidato Padre Kelmon (PTB) no último debate entre presidenciáveis antes das eleições – marcadas para acontecer no próximo domingo (2).

Fora bate-bocas com o adversário direto em pelo menos três ocasiões, alfinetadas e apelidos destinados a ele, Thronicke criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por escândalos de corrupção nos anos de gestão petista no Brasil e acusou o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) de ter conduzido mal a pandemia de coronavírus no país.

No primeiro bloco do debate da TV Globo, Soraya foi perguntada por Lula sobre propostas da candidata do União Brasil para combater a fome no país – a indagação aconteceu após uma série de direitos de resposta concedidos pela organização aos candidatos do PT e do PL.

“Enquanto eles brigam, a boiada passa. Eu tenho coragem, e isto não começou agora. Vem de 2013, quando saí da fila dos que reclamam e entrei na fila dos que fazem, indignada com a corrupção no governo do PT. Escândalos de corrupção é o que encontramos quando somamos os candidatos que lideram as pesquisas. Vamos juntos com a proposta do imposto único federal, e, assim, conseguiremos abaixar o preço da comida”, declarou.

Candidato padre; inferno e padre de festa junina

Em seguida, a candidata pôde escolher um adversário para tecer uma pergunta; começou, então, a troca de ataques entre Soraya Thronicke (União Brasil) e Padre Kelmon (PTB), eleito para responder o questionamento feito por ela. Antes ainda da indagação, ela chegou a errar o nome do candidato: “Padre Kelson… Padre Kelvin… Candidato padre”.

Depois, ela trouxe à baila indagações sobre a condução da pandemia pelo governo Bolsonaro e perguntou: “Para quantas pessoas durante a pandemia o senhor deu a extrema unção. O senhor sabia que poderíamos salvar quatro a cada seis pessoas na pandemia? O senhor não se arrepende?”.

O clima esquentou na réplica de Soraya, que acusou o Padre Kelmon (PTB) de ser ‘cabo eleitoral de Bolsonaro’. A discussão alcançou tamanha proporção que o apresentador William Bonner precisou intervir e pedir que o candidato não interferisse nas respostas da candidata do UnIão Brasil. Os dois tornaram a discutir quando Thronicke perguntou ao padre se ele não tinha medo de ir para o inferno, e, no bloco seguinte, o classificou como ‘padre de festa junina’.

“Eu perguntei se o senhor não tem medo de ir para o inferno porque o senhor não respondeu quantas vezes deu a extrema-unção. Não deu extrema-unção porque o senhor é um padre de Festa Junina. E dizer mais: não sabe nem o que é direita e o que é esquerda”.

Um embate com o presidente Jair Bolsonaro (PL) também marcou a passagem de Soraya Thronicke (União Brasil) pelo debate dos presidenciáveis. Ela foi acusada por Bolsonaro de tê-lo usado para ganhar a eleição para o Senado Federal e declarou que as críticas feitas por ela à sua administração à frente do Palácio do Planalto decorriam do fato dele não ter ‘dado os cargos que ela pediu’. Irritado, o presidente ainda pediu que os moradores do Mato Grosso do Sul votem no Capitão Contar para o governo do Estado – rival de Soraya.

Confira a seguir as considerações finais de Soraya Thronicke no debate da TV Globo:

“Brasil, eu quero aqui agradecer a Deus, primeiramente, a todos vocês, os brasileiros e brasileiras, à minha família, minha equipe, todas as pessoas que tiveram comigo nessa caminhada e ao meu partido, o União Brasil, o partido que prega a união. E convido você para dar um pulo agora no meu Twitter e em todas as minhas redes sociais e olhem a foto que eu postei. É uma foto do Domingos Peixoto, um fotógrafo, depois quero conhecer o Domingos Peixoto, do jornal O Globo, essa foto mostra uma criança pobre olhando da calçada uma família em um restaurante e aquilo me chocou, me deixou extremamente triste. E é o que tenho visto no país. Não adianta candidatos falarem e falarem e dizerem números que não existem e a gente ver outra realidade nas ruas. Então, quero pedir a vocês que preste atenção, não se deixe enganar de forma alguma. Eu não estou aqui para minha família, para nenhum projeto pessoal, eu estou aqui porque eu posso estar, tenho a ficha limpa, não tenho rabo preso com ninguém, e principalmente, não tenho medo de ser presa. No dia 2 de outubro, vote 44, Soraya, e todos os candidatos do União Brasil, 44, e vamos juntos mudar a história. Nós não suportamos mais. Vamos juntos”.

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.