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10 anos da Tragédia de Mariana: Macaé Evaristo prega prevenção contra ‘crimes continuados’

Ministra dos Direitos Humanos afirmou que, além da reparação, movimento dos atingidos busca evitar a repetição de crimes ambientais

Tragédia de Mariana, em 2015, fez 19 mortos e afetou gravemente a Bacia do Rio Doce

Nesta quarta-feira (5), dia em que a Tragédia da Barragem do Fundão, em Mariana, completa dez anos, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo (PT-MG), destacou a importância da criação de uma legislação que previna novos episódios do tipo.

A integrante do governo federal participou de um ato do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realizado durante a manhã em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

“Quando a gente fala dos atingidos, é muito importante lembrar que a gente não está falando só do que já aconteceu. E aqui em Minas Gerais a gente sabe disso. Muitos desses crimes começam, e eu falo que são crimes continuados, porque eles começam quando se autoriza o funcionamento desse tipo de empreendimento”, avaliou a ministra durante entrevista coletiva.

O rompimento da barragem de rejeitos de mineração da Samarco aconteceu em novembro de 2015, provocou a morte de 19 pessoas e ocasionou o maior desastre ambiental da história do Brasil ao atingir a Bacia do Rio Doce. Menos de quatro anos depois, o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho matou 272 pessoas e contaminou o Rio Paraopeba.

O ato em memória da Tragédia de Mariana reuniu milhares de pessoas nos arredores da Assembleia e também conta com a presença do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSOL).

A manifestação se uniu aos servidores da Copasa que lotaram a Casa em protesto contra a PEC 24/2023, texto do governador Romeu Zema (Novo) que retira da constituição de Minas Gerais a exigência de um referendo popular para a privatização da Copasa.

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Repórter de política da Itatiaia, é jornalista formado pela UFMG com graduação também em Relações Públicas. Foi repórter de cidades no Hoje em Dia. No jornal Estado de Minas, trabalhou na editoria de Política com contribuições para a coluna do caderno e para o suplemento de literatura.