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Trump chama presidente da Colômbia de ‘traficante’ e amplia tensão com América Latina

Sem apresentar provas, o republicano acusou o presidente colombiano, Gustavo Petro, de incentivar a “produção massiva” de entorpecentes ilegais

Desde que assumiu a presidência dos EUA, em janeiro deste ano, Trump endureceu críticas de migração, especialmente contra comunidades latinas.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou as redes sociais neste domingo (19) para atacar o seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, a quem se referiu como “traficante de drogas ilegal”.

Na publicação, o republicano também acusou Petro de incentivar a “produção massiva” de entorpecentes. “O objetivo dessa produção de drogas é a venda de quantidades massivas do produto [drogas] para os EUA, causando morte, destruição e caos”, escreveu, sem apresentar provas.

Segundo Trump, o presidente da Colômbia “não faz nada” para conter a suposta produção de drogas no país, alegando que o tráfico seria o “maior negócio colombiano”.

Em setembro deste ano, a Casa Branca acusou a Colômbia de não cooperar na guerra contra as drogas.

No mesmo mês, o Departamento de Estado dos EUA anunciou a revogação do visto de Petro. Durante a Assembleia Geral da ONU, Petro participou de uma manifestação pró-Palestina e pediu que soldados norte-americanos desobedecessem ordens de Trump — atitude considerada “incendiária” pelo governo dos Estados Unidos.

Tensão com líderes da América Latina

Desde que retornou à Casa Branca, em janeiro deste ano, Trump tem endurecido as políticas migratórias dos Estados Unidos, especialmente em relação às comunidades latinas.

As críticas do republicano a Petro ocorrem em um momento de tensão com países latino-americanos, especialmente Venezuela e Brasil.

Em agosto, o presidente norte-americano implementou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Como justificativa para o “tarifaço”, Trump alegou uma suposta “caça às bruxas” ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Após um encontro com o presidente Lula (PT), durante a Assembleia Geral da ONU, Trump concordou em iniciar negociações para retirar as tarifas.

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Em relação à Venezuela, na última terça-feira (14), o Exército dos EUA promoveu um ataque contra uma embarcação no Caribe, próximo ao país.

Segundo Trump, o barco estava sendo usado por “narcoterroristas”. Seis pessoas morreram na ação.

Na quinta-feira (16), os Estados Unidos realizaram um novo ataque contra outra embarcação na região, desta vez com sobreviventes.

Desde setembro, a Casa Branca mantém navios de guerra no mar do Caribe, próximos ao território venezuelano, sob o argumento de que o Exército realiza uma incursão contra o tráfico de drogas.

Na mesma semana, em nova ofensiva contra o presidente Nicolás Maduro, Trump autorizou operações secretas da CIA (Agência Central de Inteligência) na Venezuela.

Em resposta, Maduro afirmou que o Caribe e o povo venezuelano não querem guerra e pediu respeito à soberania nacional.

Graduada em Jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já foi produtora de programas da grade e repórter da Central de Trânsito Itatiaia Emive.