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“A possibilidade de intervenção dos Estados Unidos na Venezuela existe, é real, mas com os meios que Donald Trump enviou até o momento ao Caribe, ela seria limitada”, detalhou Farinazzo em entrevista ao Itatiaia Agora.
De acordo com o oficial, cerca de 10 mil soldados estão na região do Caribe, entre soldados e combatentes. “Esse volume de tropas não é suficiente para você fazer uma operação de vulto na Venezuela”, explicou.
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Farinazzo reforçou ainda a possibilidade de Donald Trump tentar realizar uma série de incursões, ou operações de desgaste, com objetivo de impulsionar um levante popular que consiga derrubar o regime.
“Isso aí também é pouco provável. Ele pode também partir para uma decapitação de lideranças, aí ou ataque a ativos estratégicos da Venezuela, como, por exemplo, refinarias e outras instalações petrolíferas. Mas é bastante duvidoso se ele faria um ataque em grande escala. Com esse volume de tropas, conforme eu já disse, é meio difícil”, afirmou.
Ataques na costa da Venezuela
Desde agosto, quando sete navios de guerra foram enviados para águas internacionais no Caribe, os Estados Unidos atacaram, pelo menos, cinco embarcações, resultando em um saldo de 27 mortos. O Pentágono alega que as incursões são direcionadas a barcos com narcotraficantes.
No entanto, à Itatiaia, o oficial da reserva da Marinha brasileira, Robinson Farinazzo, avaliou os ataques de Trump contra supostos traficantes como algo que pode gerar problemas no futuro. Ele lembrou que algumas famílias de pessoas que morreram nos ataques estão alegando que os parentes não eram traficantes.
“Na verdade, isso se trata de execução extrajudicial feita ao arrepio do direito internacional. Essas pessoas deveriam ser presas e conduzidas a um julgamento. Não houve nada disso. Mais cedo ou mais tarde, essas questões vão ser levantadas”, defendeu Farinazzo.
Presença militar reforçada
A presença militar foi reforçada, nessa quinta-feira (16), nos estados fronteiriços com a Colômbia como parte dos exercícios realizados em resposta à mobilização militar dos Estados Unidos no Mar do Caribe.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusa o dirigente venezuelano Nicolás Maduro de ter vínculos com o narcotráfico e autorizou, na quarta-feira (15),
(Sob supervisão de Lucas Borges)