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Venezuela fecha embaixada na Noruega após opositora ganhar prêmio Nobel da Paz

Embaixada foi fechada sem motivo, informou o Ministério das Relações Exteriores da Noruega; medida ocorre três dias após anúncio do Nobel da Paz

Anúncio acontece três dias depois de o Comitê Norueguês do Nobel, composto por cinco membros nomeados pelo Parlamento daquele país, conceder o Prêmio da Paz a Machado

Três dias após o Prêmio Nobel da Paz ser concedido a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, a embaixada da Venezuela em Oslo, na Noruega, foi fechada na noite desta segunda-feira (13) — no horário local. A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores da Noruega.

“A embaixada da Venezuela nos informou que estava fechando suas portas, sem dar nenhuma razão”, indicou uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores norueguês, Cecilie Roang, em um e-mail enviado à AFP.

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"É lamentável. Apesar de nossas divergências em várias questões, a Noruega deseja manter aberto o diálogo com a Venezuela e continuará trabalhando nesse sentido”, acrescentou.

De acordo com o jornal noruegues Verdens Gang, ninguém atendeu o telefone na embaixada da Venezuela em Oslo na tarde desta segunda-feira. Horas depois, o telefone foi completamente desligado.

O anúncio acontece três dias depois de o Comitê Norueguês do Nobel, composto por cinco membros nomeados pelo Parlamento daquele país, conceder o Prêmio da Paz a Machado. No domingo (12), Maduro chamou a adversária política de 58 anos de “bruxa demoníaca”.

A porta-voz do Comitê das Relações Exteriores, Cecilie Roang, reforçou que “o prêmio Nobel é independente do governo norueguês”. Quando questionada se o fechamento da embaixada teria relação com a premiação, Roang disse que “remeteria as perguntas ao comitê do prêmio Nobel”.

Impedida de concorrer às eleições presidenciais de 2024, María Corina Machado foi premiada pelo Comitê Norueguês do Nobel “por seu incansável trabalho na promoção dos direitos democráticos para o povo da Venezuela e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.

Opositora do Governo Maduro, Machado vive na clandestinidade na Venezuela e dedicou o prêmio “ao povo sofredor da Venezuela” e ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de quem espera ajuda para destituir Maduro do poder.

*Com informações de AFP e jornal Verdens Gang

(Sob supervisão de Edu Oliveira)

Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas