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Maduro faz apelo a Trump e diz que Venezuela não quer guerra com os EUA

O venezuelano, no entanto, em respostas às declarações recentes de Trump, criticou o que chamou de “golpes de Estado” promovidos pela CIA

Nicolás Maduro, presidente dos Estados Unidos.

Diante da ameaça de ataques vindos dos Estados Unidos, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez um apelo a Donald Trump para evitar um possível conflito armado entre os dois países.

Nesta quarta-feira (15), Maduro afirmou, durante um evento oficial, que o povo venezuelano não quer “uma guerra no Caribe ou na América do Sul”.

O presidente ainda criticou discursos violentos, ameaças militares e o uso da força contra a Venezuela. “Diga ao povo dos EUA: não à guerra. Not war, please, please, please. Listen to me. [Não à guerra, por favor, por favor, por favor, me escutem]”, disse.

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Maduro também condenou o que chamou de “golpes de Estado” aplicados pela Central de Inteligência dos EUA (CIA). “Não aos golpes de Estado dados pela CIA, que tanto nos lembram os 30 mil desaparecidos pela CIA nos golpes de Estado contra a Argentina”, declarou.

Mais cedo, o jornal The New York Times informou que o governo Trump havia autorizado oficialmente a CIA a realizar operações secretas e letais no território venezuelano, com o objetivo de retirar Maduro do poder.

A informação foi confirmada pelo presidente dos EUA posteriormente. “Temos muitas drogas chegando da Venezuela, e muitas das drogas venezuelanas chegam pelo mar, então vocês podem ver isso, mas vamos detê-las também por terra”, disse Trump no Salão Oval.

Ainda na Casa Branca, o republicano não descartou ataques terrestres no território venezuelano. Em entrevista coletiva, Trump chegou a sugerir que ataques por terra poderiam ser uma opção, já que os EUA teriam o mar “muito bem controlado”.

Confira:

Jornalista pela UFMG, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já atuou na produção de programas da grade, apuração e na reportagem da Central de Trânsito Itatiaia Emive. Atualmente, contribui como repórter na editoria de política.