Todas as torres afetadas pelo incêndio em um complexo residencial de Hong Kong foram inspecionadas, e o número de mortos subiu para 159 nesta quarta-feira (3).
“Encontramos 159 corpos, dos quais 140 foram identificados de forma preliminar”, afirmou o comissário de polícia Joe Chow em uma entrevista coletiva.
O número pode ser revisado, uma vez que os agentes encontraram restos mortais que passarão por exames forenses.
Entre os mortos estão 91 mulheres e 49 homens. A vítima mais jovem é um bebê de um ano e a mais velha tinha 97 anos, disse o comissário de polícia.
Um
comitê especial investigará as causas do incêndio e, até o momento, 15 pessoas foram presas por suspeita de homicídio culposo. Doze enfrentam acusações de corrupção.
O incêndio
O complexo Wang Fuk Court tem
oito torres e mais de dois mil apartamentos, e sete foram afetados pelo incêndio. Os edifícios Hung Cheong Court e Hung Tai Court foram os que mais registraram mortes, uma vez que foram os mais atingidos.
O
incêndio começou na tarde do dia 26 de novembro em
Hong Kong, sendo madrugada no Brasil. O prédio passava por reformas antes de pegar fogo.
Segundo testes preliminares divulgados pelo HK01, os edifícios do complexo atendiam aos requisitos de resistência ao fogo. Porém,
painéis de isopor que circundavam as janelas e portas do prédio eram extremamente inflamáveis.
A alta temperatura fez com que os
andaimes de bambu pegassem fogo, incendiando outras seções da rede, o que dificultou o combate às chamas e acelerou a propagação.
As chamas também causaram desabamento de andaimes superiores, bloqueando saídas de emergência e entradas do prédio.
As
imagens são impressionantes. Fotos e
vídeos mostram o prédio totalmente destruído pelas
chamas.
Esse é o incêndio mais grave já registrado em Hong Kong em 29 anos. Em 1996, 41 pessoas morreram em um edifício comercial em Kowloon. Na época, autoridades concluíram que as chamas começaram durante um trabalho de soldagem realizado em uma reforma.
Moradores relataram à AFP que
não ouviram nenhum alarme de incêndio e avisaram uns aos outros sobre as chamas. “Tocar a campainha, bater nas portas, alertar os vizinhos, dizer que deveriam sair... foi assim que aconteceu [...] O fogo se propagou muito rapidamente”, relatou um morador.
*Com AFP