Estrutura de bambu pode ter contribuído para tragédia que matou 55 em Hong Kong

Complexo residencial foi tomado por chamas; 55 pessoas morreram e centenas seguem desaparecidas

Testemunhas observam a densa fumaça e as chamas que se elevam durante um grande incêndio no conjunto residencial Wang Fuk Court, no distrito de Tai Po, em Hong Kong, em 26 de novembro de 2025

Pelo menos 55 pessoas perderam a vida e centenas continuam desaparecidas depois que o incêndio mais letal em Hong Kong nos últimos 30 anos destruiu, nesta quinta-feira (26), edifícios residenciais cobertos por andaimes de bambu altamente combustíveis.

De acordo com a Reuters, ainda não se sabe o que provocou o incêndio, mas a principal suspeita é de que os andaimes de bambu — cuja retirada gradual começou em março por razões de segurança — tenham acelerado a propagação das chamas.

Este é o segundo episódio em menos de dois meses envolvendo edificações em Hong Kong que utilizam esse tipo de estrutura.

Em outubro, um grande incêndio atingiu um arranha-céu na área comercial central da cidade. Segundo as autoridades, uma bituca de cigarro foi a provável responsável pelo início do fogo.

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Naquele incidente, não houve mortes, mas quatro pessoas tenham sido levadas ao hospital.

Anda segundo a agência de notícias, esse é o incêndio mais grave em Hong Kong desde novembro de 1996, quando 41 pessoas morreram em um edifício comercial em Kowloon. Na época, as autoridades concluíram que as chamas tiveram início durante um trabalho de soldagem feito em uma reforma interna.

Por motivos de segurança, as autoridades determinaram que metade das obras públicas de construção passasse a empregar estruturas metálicas. A medida faz parte do processo de retirada gradual desse tipo de material, iniciado pelo governo em março.

Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.

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