Arroz, feijão tropeiro, torresminho, bife de porco, molho de tomate e ovo frito; tem refeição melhor para o mineiro raiz? Em dia de jogo do time do coração, no Gigante da Pampulha – mais conhecido como Mineirão –, quando você quer comemorar a vitória ou até mesmo afogar as mágoas pela derrota – ou ainda, apenas “encher o bucho” após um dia cheio... Sempre é um bom momento para o Feijão Tropeiro da Tia Sônia, o prato que, há 40 anos, faz sucesso no estádio – quase tanto quanto as estrelas do futebol que passam pelos gramados de lá.
E por trás dessa refeição bem mineirinha e completa, como Tia Sônia conta, o segredo é sempre a educação e o carinho com o freguês. “Se você recebe eles com carinho, eles já se sentem abraçados”. A cozinheira, que esteve à frente do Feijão Tropeiro durante todos esses anos, começou com uma barraca do lado de fora do Mineirão. Aos poucos, com o sucesso iminente do prato que cativava os torcedores, ela passou a assumir a cozinha de um dos bares internos do estádio, onde segue até hoje. Atualmente, ela coordena não só um bar, mas vários outros no Mineirão. Em um dia habitual de jogo, são mais de 7 mil tropeiros que saem. O preparo começa durante a semana toda – desde as compras dos ingredientes até a limpeza do local e o início da preparação da comida.
Isso tudo acontece, claro, graças a uma equipe extensa e competente que foi formada ao longo desses anos, com cozinheiros e assistentes de cozinha que, além de talentosos, mantêm o segredo de Tia Sônia: o carinho. O time conta também com nutricionistas – do Mineirão e dos bares da Tia Sônia. Essas profissionais trabalham para garantir que o prato chegue ao consumidor, além de muito saboroso, com o máximo de segurança e cuidado. Mesmo sendo uma comida essencialmente gordurosa, por conta do torresmo e da farinha, tudo é feito de forma a prezar pela qualificação nutricional.
Mais do que uma refeição, o tropeiro se tornou parte da cultura mineira e da tradição do Mineirão, acompanhando vitórias, derrotas e momentos marcantes para milhares de torcedores ao longo de décadas. Com uma equipe dedicada em garantir qualidade, sabor e segurança, o prato, servido em marmitinhas de isopor, vai muito além de ser apenas uma comida: é um símbolo de hospitalidade e de paixão pelo futebol e pela gastronomia mineira.