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Valdir Barbosa | Carne bovina começa a subir para o consumidor em outubro; Natal e Réveillon sobe mais

Com a demanda mundial pela carne bovina aumentando, o mercado pode ter redução de estoques no ano que vem

Carne bovina começa a subir

Amigas e amigos do Agro!

A previsão de um ciclo pecuário simultâneo entre Estados Unidos, Austrália e Brasil na produção de carne bovina ano que vem, poderá subir um pouco mais que o esperado no mercado internacional.

A alta demanda das exportações, a queda significativa do rebanho americano e o próprio comportamento atual do mercado brasileiro vão influir diretamente nos valores mais altos da carne bovina ano que vem.

Segundo dados do IBGE, em sua serie histórica, o Brasil nunca abateu tantas fêmeas, mais do que bois, num só período. Isso desestimula a produção de bezerros.

Também a preferência do mercado internacional pela carne de animais jovens tem aumentado, causando um descompasso na produção do bezerro em relação à demanda pela carne no Brasil e no exterior.

Hoje, normalmente, o bezerro cai no pasto e fica 8 meses sendo amamentado. Em seguida, mais 8 meses entra num processo de engorda e crescimento. E, nos últimos 8 meses, vem o período de terminação para o abate.

Então, 24 meses são 2 anos para o abate. Só que a vinda de outro bezerro vai levar 33 meses porque a mãe tem 9 meses de gestação. E há contratos nos quais o boi é abatido com 18 ou 20 meses, abrindo uma lacuna maior entre a capacidade de produção da vaca e a demanda do mercado.

Por isso o preço sobe e desce. Agora, está em baixa mas a expectativa é de uma ligeira alta na primeira quinzena de outubro, quando os salários entrarem no bolso do consumidor.

O consumo doméstico caiu bastante; a exportação vem garantindo o bom movimento interno da carne bovina.

Diante dessas questões, é que o mercado do boi ano que vem pode ter uma nova onda de preços altos.

Ministro da Agricultura da China condenado a pena de morte

Repercute no setor agrícola a decisão da Justiça chinesa de condenar a pena de morte o ex-ministro da Agricultura da China Tang Renjian que ficou no cargo de 2007 a 2024 conseguindo receber R$ 200 milhões em propinas.

A aplicação da pena será daqui a 2 anos para que o condenado possa devolver centavo por centavo ao governo chinês. E, se ele tiver bom comportamento, vai receber um prêmio da Justiça: sai da pena de morte e entra na prisão perpétua.

Coisa de chinês que passa longe daqui!

Itatiaia Agro, Valdir Barbosa.

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Produtor rural no município de Bambuí, em Minas Gerais, foi repórter esportivo por 18 anos na Itatiaia e, por 17 anos, atuou como Diretor de Comunicação e Gerente de Futebol no Cruzeiro Esporte Clube. Escreve diariamente sobre agronegócio e economia no campo.

A opinião deste artigo é do articulista e não reflete, necessariamente, a posição da Itatiaia.