Aguardadas nas últimas décadas por moradores de mais de 20 municípios mineiros, as obras de duplicação da BR-381 tem um histórico de fracassos sob a responsabilidades de diversos ocupantes do Palácio do Planalto. A mais recente ocorreu nesta terça-feira (21): sem empresas interessadas, o leilão para concessão da rodovia marcada para a próxima sexta-feira (24) foi adiado.
O projeto de concessão previa entregar para a iniciativa privada a administração dos pouco mais de 300 quilômetros da rodovia, entre Belo Horizonte e Governador Valadares, na região Leste do estado. O Tribunal de Contas da União (TCU) deu aval à proposta do governo federal em junho deste ano. O edital foi divulgado no mês seguinte. Na sequência, o Ministério dos Transportes marcou a data de 24 de novembro para a realização do leilão.
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Mas essa não é a primeira vez que um leilão para a concessão da BR-381 é frustrado. Em fevereiro de 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), o leilão foi adiado uma semana antes de acontecer. À época, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) disse que trabalharia para aprimorar o edital.
No ano anterior, em 2021, o leilão havia sido marcado, primeiro para novembro, depois para o mês seguinte e, por fim, para fevereiro de 2022 - quando também foi cancelado.
Durante o governo de Dilma Rousseff, em 2014, as obras de duplicação foram licitadas e divididas em oito lotes. No entanto, apenas dois deles (que somam 60 km de extensão) avançaram. Os demais foram abandonados pelas empresas vencedoras da concorrência.
Nova previsão
Em nota, o Ministério dos Transportes relembrou que o leilão já havia sido adiado no passado e que trabalha, junto ao TCU para “criar as condições necessárias para viabilizar o investimento privado”. De acordo com a pasta chefiada por Renan Filho (MDB-AL), a expectativa do governo federal é levar o edital a leilão no primeiro semestre de 2024.
“O governo federal continua determinado em encontrar uma solução para modernizar e adequar a capacidade da BR-381, que, em virtude dos acidentes ocorridos nas últimas décadas, ficou conhecida como ‘Rodovia da Morte’”, diz trecho de comunicado divulgado pelo Ministério dos Transportes.
