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Sem propostas, governo federal adia leilão da BR-381 para 2024

Concorrência aconteceria nesta sexta-feira (24), mas prazo para entrega de envelopes terminou sem o envio de propostas

Ministério dos Transportes confirmou o adiamento de leilão da rodovia federal

Ministério dos Transportes confirmou o adiamento de leilão da rodovia federal

Arquivo/Guilherme Bergamini/ALMG

O Ministério dos Transportes adiou, para o primeiro semestre de 2024, o leilão da BR-381, em Minas Gerais. A concorrência esta marcada para acontecer na sexta-feira (24), mas a ausência de empresas interessadas na gestão da pista motivou o cancelamento.

A informação a respeito da falta de interesse da iniciativa privada foi antecipada pela Itatiaia e confirmada pelo governo federal.

Segundo o ministério chefiado por Renan Filho (MDB-AL), o prazo para a entrega dos envelopes com propostas pela BR-381 terminou às 12h desta terça-feira (21). A concorrência, porém, acabou em “deserto”.

É a terceira tentativa da União de leiloar a BR. Em 2021 e 2022, editais foram divulgados, mas não empolgaram as concessionárias do setor.

“O governo federal continua determinado em encontrar uma solução para modernizar e adequar a capacidade da BR-381, que, em virtude dos acidentes ocorridos nas últimas décadas, ficou conhecida como ‘Rodovia da Morte’”, lê-se em trecho de comunicado divulgado pelo Ministério dos Transportes.

“Vamos retomar o diálogo com o Tribunal de Contas da União (TCU) afim de criar as condições necessárias para viabilizar o investimento privado. O Ministério dos Transportes trabalha para reposicionar o projeto e levá-lo a leilão no primeiro semestre de 2024", completou a pasta.

Entenda

O leilão da BR-381 é um dos principais projetos do governo federal para Minas Gerais e foi incluído, em agosto deste ano, no pacote de investimentos previstos para o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no estado.

O Ministério dos Transportes tinha expectativa de que a iniciativa privada investisse R$ 10 bilhões ao longo dos 30 anos de duração do contrato. O edital previa, ainda, que a empresa selecionada seria aquela que apresentasse menor valor de cobrança da tarifa de pedágio.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.
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