Integrantes do governo Lula vão se reunir na tarde desta sexta-feira (4) com representantes do setor financeiro nacional e fundos de investimentos internacionais para discutir como eles podem financiar os projetos que garantam a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Em resposta a um questionamento da Itatiaia, durante a realização do evento “Diálogos Amazônicos, em Belém”, no Pará, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), afirmou que é responsabilidade dos países ricos financiar a proteção do bioma amazônico.
“Teremos uma reunião com o setor financeiro nacional, fundos de investimento internacional e empresários para discutir como eles podem financiar os projetos que garantam a proteção ambiental, o desenvolvimento sustentável, façam aquilo que é central para proteger a floresta? Querem proteger a floresta? Melhorem a qualidade de vida, de renda e o potencial de desenvolvimento das populações que já vivem tanto na floresta quanto nas cidades da região amazônica”, defendeu.
O evento
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Representantes da União Europeia também foram convidados para a Cúpula. Padilha afirmou que haverá cobranças aos países ricos sobre o financiamento das ações de preservação na Amazônia.
“O presidente Lula fez questão de reunir essa cúpula e convidar os países que têm as maiores florestas tropicais do mundo exatamente para colocar, na mesa do diálogo internacional, a responsabilidade que as economias desenvolvidas têm de financiar a proteção da Amazônia. A proteção da Amazônia e das florestas tropicais do mundo é decisiva para frearmos a velocidade das mudanças climáticas no mundo”, afirmou.
Se o mundo continuar com essa velocidade de deterioração do clima, todos serão afetados. Agora, os maiores responsáveis por financiar as ações que estamos discutindo aqui são as economias desenvolvidas
Alexandre Padilha
Em entrevistas nesta semana, o Presidente Lula afirmou que vai cobrar dos países ricos a promessa feita em 2009 por países desenvolvidos sobre a liberação de 100 bilhões de dólares para criar um fundo de ajuda à manutenção e preservação da diversidade da floresta Amazônica. Até hoje, segundo o Presidente, o repasse não foi feito.